Casas da Amizade conquistam espaço e reconhecimento

eba1ae9c-8029-4550-9cde-a8a3ee47a440A história das Casas da Amizade no Brasil se confunde com a própria luta das mulheres por um espaço nas decisões de suas comunidades. Quando nos anos 80 esposas de rotarianos foram impedidas de participar das reuniões dos Rotary Clubs, se engajaram e mostraram o poder de perseverança e união das mulheres, com isso, surgiram as Casas da Amizade ou Associações de Senhoras de Rotarianos. No Brasil, a primeira entidade surgiu em 1938, na cidade de Bauru no interior de São Paulo. Já no exterior, começou um pouco antes, em 1905, quando as esposas formavam comitês para acolher pequenas festas, recepções e iniciativas rotárias aos quais elas eram raramente convidadas. Hoje as Casas da Amizade são formadas não somente por esposas de rotarianos, mas por voluntárias que se associam à entidade para fortalecer e integrar o time de ação social.
Contribuições sociais como doações de agasalhos e mantimentos, começaram a fazer parte das ações das integrantes das Casas da Amizade que surgiam. Com a nomenclatura Inner Wheel, que significa roda interna em português, as associações foram se espalhando e hoje existe em torno de 700 entidades e 35 mil associadas preocupadas no bem estar da sociedade em que vivem. Para a Coordenadora Nacional das Entidades de Senhoras de Rotários, Ester Trentini, as associações são de inteira importância para a comunidade ao longo dos anos: “Historicamente, as Casas da Amizade foram evoluindo, antes fazíamos crochê e tricô para hospitais e entidades, hoje prestamos serviços voluntários a idosos, crianças carentes, incluímos campanha contra a violência, vacinação entre outros. Procuramos estar cientes das deficiências das comunidades para fazermos este trabalho voluntário”, diz Ester.
O fato de tornar as entidades mais unidas em prol de seus distritos reforça o objetivo das Casas da Amizade, que além do intuito de prestar serviços de caráter assistencial, moral e cultural sem fins lucrativos, as associações cooperam e auxiliam entidades filantrópicas, assistenciais e educativas, criam, mantém e orientam creches, lares, escolas e outras obras necessárias à comunidade e ao bem-estar da sociedade. Ester enfatiza que o que as motiva em participar da entidade é a amizade entre elas. “O que nos une é simplesmente a amizade e a vontade de ajudar o próximo sem receber nada em troca”.
Um grande avanço feminino em meio aos Rotary Clubs é a participação de Célia Giay como diretora e vice-presidente do Rotary Internacional gestão 2013-2015, pois é a primeira vez que uma mulher latino-americana chega ao comando. Ela é integrante do Rotary Arrecifes, Buenos Aires, desde 1994, quando começou a fortalecer seu papel em prol da sociedade, também é casada com o presidente, Luis Vicente Giay da gestão 1996-1997. Acredita-se que o fato de haver uma mulher, nos dias de hoje, no cargo de vice-presidente do Rotary Internacional deverá estimular a presença de mais mulheres na organização mundial.

 

XXV Encontro Nacional da Amizade

E é para comemorar o sucesso das Casas da Amizade, que de 14 a 16 de Agosto, a cidade de Gramado sediará o XXV Encontro Nacional da Amizade. Com ampla programação, o encontro abordará palestras com temas atuais que envolvem o trabalho voluntário, parcerias, sustentabilidade, apresentações motivacionais, além de proporcionar entretenimento entre as participantes nos jantares temáticos e premiações dos projetos inscritos com os temas: educação, meio ambiente e novas gerações. Uma das palestras mais aguardadas é a da vice-presidente do Rotary Internacional, Célia Giay, com o tema: “Mãos que se Unem em Prol do Servir”. As inscrições já estão abertas e a organização do evento espera reunir 1200 participantes. Para mais informações acesse: www.casasdaamizade.com.br