“Ponte Aérea” by Jefferson de Almeida 24/08

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O tradicionalismo moderno do Japão

No Japão tudo é dinâmico e envolvente. Considerado um dos ícones orientais é a terceira maior economia do mundo, tem muito mais a oferecer do que robôs, sushi e samurais. O local é sinônimo de paisagens exóticas, tradições milenares, povo hospitaleiro e o que há de mais moderno em tecnologia. Caso a sua dúvida seja qual a melhor época do ano para ir, o fim de março a meados de abril o Japão todo se anima com a floração das cerejeiras, glicínias e ameixeiras. Junho é um mês bastante chuvoso, e em julho e agosto, quando o calor chega a níveis amazônicos, acontecem alguns dos mais divertidos festivais populares e de fogos de artifício, incluindo o Gion Matsuri de Kyoto, o Nebuta de Aomori, o Kanto de Akita e o Yamakasa de Fukuoka. Entre setembro e outubro as temperaturas ficam mais agradáveis, uma preparação para novembro, quando os parques ganham belos tons outonais. Nos meses de inverno, principalmente janeiro e fevereiro, vale a pena incluir na viagem programas como esqui, visitas às termas naturais e o Festival da Neve de Sapporo.

 

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As atrações do Japão são tantas e tão variadas que é difícil decidir o que ver primeiro. Isto porque zanzar pelos pontos turísticos do Japão é como navegar por realidades díspares que convivem em um mesmo espaço. Afinal, trata-se de um país no qual tradicionais templos budistas e santuários xintoístas se misturam a modernos edifícios projetados pela vanguarda da arquitetura mundial.No país das metrópoles super limpas, modernas e seguras você encontrará vilarejos medievais cercados de plantações de arroz. Os princípios arquitetônicos que nortearam a construção de templos anti-terremoto do século 10 são os mesmos do projeto da mais alta torre do mundo, a Tokyo Skytree. Dentro de uma viagem pode haver o frenesi urbano de Tóquio e a serena beleza dos Alpes Japoneses, o colorido vigor do teatro kabuki e o azul tranqüilo do mar de Okinawa. O país conta com um dos melhores, mais rápidos e pontuais sistemas de transportes do mundo.

 

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Comecemos o passeio pelas cidades mais interessantes do Japão. O ponto de partida é a capital Tóquio. Considerada a super-megalópole mais limpa e organizada do planeta, por lá tudo está em permanente mutação.O bairro de Marunouchi, onde fica a Estação Tóquio, renovou-se e agora abriga moderníssimos edifícios comerciais, muitos restaurantes, lojas descoladas e cafés charmosos. Ginza, não ficou para trás: derrubou o venerado Teatro Kabuki-za e o levantou de novo, com uma fachada idêntica, mas bem melhor. Outras grandes atrações são a concorrida Tokyo Disneyland e a torre Tokyo Skytree, de 634 metros de altura, considerada um dos cartões postais da cidade. Viajar pelos arredores de Tóquio utilizando o Shinkansen (Trem Bala) surpreende não só pela velocidade que ele atinge (até 300km/h), mas também pela estabilidade dos vagões e o serviço de bordo também impressionam, além das belas paisagens, como o Monte Fuji que do alto de seus 3 776 metros, é a mais alta montanha do Japão e pode ser observada dos mais distintos ângulos. Os mais populares estão a partir dos cinco lagos que o cercam, entre eles o Kawaguchi-ko e o Fuji-ko.

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Outra cidade que é preciso conhecer é Kyoto com templos budistas, santuários xintoístas e palácios da corte imperial são paradas obrigatórias na cidade. Confira também a estreita ruela Pontocho e suas casas de chá frequentadas por gueixas no bairro de Gion. Aprecie o artesanato tradicional nas dezenas de lojas nas ladeiras Ninenzaka e Sannenzaka. Faça uma pausa e prove doces típicos como o yatsuhashi com uma taça de chá verde de Uji. Outra localidade é Hiroshima na qual é vale conhecer o Museu e o Parque da Paz, além dos monumentos dedicados às vítimas do atentado. Não longe dali, na ilha de Miyajima, está o Santuário de Itsukushima, célebre por seu portal flutuante. Já a cidade de Okinawa é para qual os japoneses vão no verão para curtir uma praia. Há vários resorts de grande porte na costa okinawana, que tem praias de mar calminho. E as ilhas de Kerama, Iriomote, Ishigaki e Miyako fazem a alegria dos praticantes de kitesurfe, mergulho e windsurfe.

 

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A contemplação nipônica vai muito além, pertinho da capital japonesa está Nikko, cuja principal atração é o Santuário Toshogu, um dos mais famosos do país. Em Kamakamura, a apenas 50 quilômetros, está o Grande Buda, uma impressionante imagem de bronze do século 13 que tem 13 metros de altura. Já Nara, a 40 quilômetros de distância, pode-se visitar o belíssimo Templo Todaiji e o parque dos cervos sagrados. Para os que preferem adrenalina a dica é visitar os Alpes Japoneses lá pode se curte trekkings em meio à natureza ou esqui de alta performance. No caminho estarão as encostas nevadas de Hakuba, sede das competições de esqui dos Jogos Olímpicos de 1998, o dramático passo Norikura e a simpática Takayama, na província de Gifu, um dos destinos mais aprazíveis do país.

 

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É necessário ter visto para visitar o Japão. A solicitação ocorre no consulado e o visto tem duração de 90 dias após a emissão, mas fique atento: a estadia para o turista é válida por apenas 30 dias. A língua oficial é o japonês. A maioria da população se comunica mal em outros idiomas, mas são em geral solícitos com os turistas estrangeiros. Outro detalhe é que são 12 horas de diferença no fuso horário. Leva pelo menos dois dias para começar a acertar os ponteiros biológicos – é bom levar isso em consideração na hora de planejar a viagem. A internet em todo o país é rápida e eficiente: a comunicação por lá não é problema. O país é um dos mais seguros do mundo. Você vai ver dezenas de bicicletas estacionadas nas estações de metrô com casacos, bolsas, sacolas – e ninguém olhando. E ninguém pega – isso faz parte da cultura japonesa.

 

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