14 de agosto, Dia do Cardiologista

Dia do Cardiologista: especialista alerta para necessidade de tratamento contínuo mesmo na pandemia Para evitar complicações, é essencial manter em dia o acompanhamento cardiovascular

As doenças cardiovasculares são as responsáveis pelo maior número de mortes anualmente em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. No Brasil, aproximadamente 14 milhões de brasileiros têm alguma doença no coração e cerca de 400 mil morrem por ano em decorrência dessas enfermidades, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia.

No dia 14 de agosto, Dia do Cardiologista, a médica cardiologista e professora de Medicina da Uniderp, Dayane Bovolim, enfatiza a necessidade de prevenir as doenças cardiovasculares e os estágios de prevenção de cada uma delas.

Segundo a especialista, problemas como diabetes, hipertensão arterial, aumento nos níveis de colesterol e hipertrigliceridemia (elevação dos triglicerídeos) são fatores de risco e podem ocasionar a morte. Nestes casos, o tratamento preventivo é fundamental para proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente.

“Durante a pandemia de Covid-19 temos observado um agravamento nas doenças cardíacas, já que muitas pessoas deixaram de fazer avaliações clínicas e cessaram o acompanhamento de diagnósticos e até mesmo tratamentos. Há casos ainda em que mesmo com a manifestação de sintomas, procuraram tardiamente as unidades de saúde”, explica a médica.

A cardiologista ressalta que grande parte da população brasileira ainda possui outros problemas associados, como consumo excessivo de álcool, obesidade e tabagismo, o que pode resultar em graves desfechos, como internações hospitalares ou até mesmo morte.

Segundo Dayane, para evitar complicações, é essencial que toda a população mantenha em dia o acompanhamento médico cardiovascular. “Na medicina cardiológica, orientamos os pacientes conforme três classificações de acompanhamento: a primordial, a primária e secundária. É necessário que o paciente siga atentamente as recomendações do médico”, avisa.

Na prevenção primordial, voltada para pacientes que não possuem nenhum tipo de fator de risco, o acompanhamento tem a função de evitar o aparecimento da doença. Já a prevenção primária se aplica ao paciente que possui fatores de risco e tem como objetivo prevenir consequências como de infarto e AVC – acidente vascular cerebral, por exemplo. “O último tipo de prevenção, a secundária, é orientada a pacientes que tratam sequelas deixadas por complicações de um modo geral”, explica a especialista. “O acompanhamento médico é essencial no tratamento dessas doenças e deve ser contínuo. O médico deve ser informado de todas e quaisquer interrupções medicamentosas ou manifestações atípicas na saúde do paciente”, conclui.