Entre as raças mais presentes nos lares brasileiros estão os vira-lata, o Shih Tzu e o Yorkshire Terrier
Com 56 milhões de cachorros presentes no país, de acordo com a Abinpet, os cães contam com seu próprio dia de celebração, o Dia Internacional do Cachorro, comemorado em 26 de agosto. De acordo com o PetCenso 2020, levantamento realizado pelas empresas DogHero e Petlove , a raça vira-lata (SRD) é a mais presente no país (32%), seguida por Shih Tzu (12%), Yorkshire Terrier (6%), Poodle (5%), Lhasa Apso (5%), Buldogue Francês (3%), Pinscher (3%), Golden Retriever (3%), Spitz Alemão (3%) e Maltês (3%).
Jade Petronilho, médica veterinária e coordenadora de conteúdo da Petlove, traz 3 curiosidades sobre os pets:
1- Sua personalidade pode afetar o jeito do seu cão:
Uma pesquisa da Escola de Medicina Veterinária da Pensilvânia, nos EUA, apontou que o comportamento dos cães provém da personalidade do seu pai ou mãe humanos. Com duração de 6 meses, o experimento contou com a presença de 262 voluntários.
A pesquisa mostrou que, no caso dos humanos considerados mais extrovertidos, seus cães eram mais sociáveis e bem-educados com pets e pessoas desconhecidas. Pais e mães de pet mais introvertidos, por outro lado, costumam ter cães mais retraídos ou até medrosos. “Ainda que seu pet não se comporte de forma muito similar à sua, é fundamental que a gente se atente em relação a forma de agir não somente com o pet, mas nas situações do dia a dia, pois isso pode refletir no comportamento do cão e na forma como ele encara a vida e interage com outros seres”, afirma Jade.
2- Além de leais, também sabem perdoar!
Uma das características mais fortes do olhar humano sobre um cão é a lealdade. Outra grande qualidade destes animais é a capacidade de perdão entre eles. Um dos motivos é não valer a pena haver uma briga entre membros de um grupo, uma vez que isso pode deixá-los mais vulneráveis. “Com a ‘família’ fragilizada, os animais que vivem em grupos se veem enfraquecidos e mais suscetíveis a problemas. Quando o elo por eles criado é abalado por uma briga, por exemplo, isso pode ser um problema estrutural e também relacionado à confiança, por isso, eles utilizam de artifícios de apaziguamento na tentativa de reverter esse quadro e seguir a vida como antes”, explica Jade.
Outra hipótese é de que cães não nasceram para viver sozinhos. “Cachorros são animais sociais e quando os trazemos para dentro de nossas casas, passamos a fazer parte deste ‘clã’ fundamental para o bem-estar deles. Ficar longe do grupo não é algo saudável e natural para eles, por isso tentar introduzir o pet na sua rotina é muito importante”, alerta.
3 – Por que cachorros gostam de destruir pelúcia?
O fato está ligado ao passado, quando eles precisavam caçar para se alimentar.
Muitos pais e mães de Pets reclamam com frequência quando compram um bichinho de pelúcia para seu pet e eles acabam tirando todo o “recheio” do brinquedo com muita rapidez e “ferocidade”. “Isso, para eles, é uma experiência incrível e além de super prazerosa, muito lúdica, que traz à tona seus instintos. Para o cachorro, é incrível caçar aquela pelúcia e poder tirar todas as ‘vísceras’ no meio da sua sala, no quintal ou em cima do sofá, pois ele está fazendo algo super esperado para a espécie dentro do contexto em que ele está inserido hoje. Jamais brigue com seu pet quando ele fizer isso e tenha a certeza de que se ele detonou em minutos o novo bichinho é porque você acertou em cheio na escolha!”.
“Embora seja algo incrível para eles, obviamente precisamos tomar cuidado e não permitir que ingiram pedaços do brinquedo”, finaliza Jade.