Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 33% da população brasileira sofre de apneia do sono, uma condição que interrompe a respiração durante o sono e pode trazer sérias consequências para a saúde. O problema é que a grande maioria das pessoas nem sequer sabe que tem a doença, já que apenas um exame específico é capaz de diagnosticá-la.
“A apneia do sono é um distúrbio onde a respiração é interrompida repetidamente durante o sono, causando pausas na respiração e quedas expressivas de oxigênio no organismo”, explica a Dra. Alessandra Kuskoski, em Odontologia do Sono. “Isso pode levar a problemas cardíacos, como pressão alta e arritmia, trazendo danos irreversíveis à saúde no longo prazo.”
A Dra. Alessandra explica que essas interrupções frequentes no fluxo de ar podem desencadear um aumento no ritmo dos batimentos cardíacos, estimulando a contração dos vasos sanguíneos e aumentando o risco de pressão alta e arritmia cardíaca. “É fundamental que as pessoas estejam cientes dos sintomas e busquem o diagnóstico precoce, a fim de evitar complicações futuras”, alerta.
Além dos problemas cardíacos, a apneia do sono pode desencadear uma série de outras complicações para a saúde. A falta de oxigênio durante o sono pode levar a problemas de memória e concentração, fadiga crônica, irritabilidade, alterações de humor, além de aumentar o risco de acidentes de trânsito e no trabalho devido à sonolência diurna.
Além disso, a apneia do sono está associada a um maior risco de desenvolvimento de diabetes, obesidade, doenças pulmonares e até mesmo de acidente vascular cerebral (AVC). Portanto, é fundamental que as pessoas estejam atentas aos sintomas e busquem o tratamento adequado para evitar complicações graves e preservar sua saúde e qualidade de vida.