No dia 29 de setembro é comemorado o Dia Mundial do Coração. A data serve para alertar as pessoas sobre o cuidado constante com esse órgão vital e tão suscetível ao impacto de fatores de risco.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Federação Mundial do Coração (FMC) apontam que as doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 17,3 milhões de óbitos por ano. No Brasil, o número chega a 300 mil – o que significa uma morte a cada dois minutos. O Dr. Ricardo Pavanello, supervisor do setor de cardiologia clínica do Hospital do Coração (HCor), afirma que as doenças cardiovasculares são a causa número um de morte no País e representam um terço de todas as internações do SUS.
Dentre as doenças mais recorrentes, estão o acidente vascular cerebral (AVC) e o infarto. O AVC, também conhecido como derrame, pode ser de dois tipos: o isquêmico, que se dá pela falta de circulação provocada por obstrução de uma ou mais artérias, e o hemorrágico, que acontece devido ao rompimento de uma artéria ou vaso sanguíneo. Já o infarto ocorre quando o fluxo de sangue que leva ao miocárdio é bloqueado por um tempo prolongado, danificando o músculo.
Essas enfermidades podem ser provocadas pela hipertensão arterial, que também se caracteriza como uma doença crônica, com níveis elevados de pressão sanguínea nas artérias. Essa condição exige um esforço maior do coração para que o sangue circule corretamente pelo corpo. De acordo com dados do Ministério da Saúde, no Brasil, entre a população com mais de 18 anos, 23% das mulheres e 20% dos homens sofrem de hipertensão arterial.
“O grande problema é que a hipertensão arterial é silenciosa e acaba sendo diagnosticada por conta de alterações nos órgãos-alvo da doença como cérebro, coração e rins. Entre os sintomas estão dor de cabeça, tontura e, em casos mais sérios, o próprio AVC. Quando relacionada ao coração, o paciente pode apresentar desde dor no peito e insuficiência cardíaca até o próprio infarto; já nos rins, os sintomas manifestam-se por meio de quadros de inchaço e diminuição do volume urinário”, explica o Dr. Pavanello.
Devido à característica de ser uma doença silenciosa e de caráter progressivo de poucos sintomas, é recomendado que a população faça consultas regulares, para que os fatores de risco sejam reconhecidos e estejam sempre controlados e o diagnóstico não seja realizado tardiamente, após a ocorrência de algo mais grave.
Prevenção e Tratamento
“Existem algumas formas de prevenir o aparecimento da doença, entre elas está a prática de atividades físicas, alimentação balanceada com baixo consumo de sal, açúcar e gorduras, além de evitar álcool em excesso e, principalmente, não fumar e evitar outras drogas”, ensina o médico.
Uma das opções para o tratamento das doenças cardiovasculares que bloqueiam o fluxo de sangue nas artérias do coração e do cérebro é a Aspirina Prevent (ácido acetilsalicílico, da Bayer HealthCare Pharmaceuticals), que tem o efeito anti agregante plaquetário e pode desempenhar um importante papel na prevenção de complicações cardiovasculares, o que o torna o método mais eficaz . “Esse medicamento auxilia na prevenção de eventos cardiovasculares nesse grupo de risco. Isso se deve ao seu efeito de antiagregação de plaquetas, que permite uma melhora na circulação do sangue no coração e no cérebro. Em associação com o controle da hipertensão arterial e dos demais fatores de risco, seu uso reduz a probabilidade do indivíduo sofrer um AVC ou infarto”, reforça o especialista.