No decorrer da vida desenvolvemos um sistema de proteção, colocando máscaras e couraças para viver nos moldes e regras da sociedade. Assim, a nossa criança interior – o aspecto da nossa personalidade que mantém as características de alegria, criatividade, entusiasmo, encantamento frente à vida, abertura e confiança – vai sendo deixada em segundo plano, escondida e lentamente esquecida.
Essas características da criança interior nos guiam em direção à excelência, pois essa é a parte emocional que nos faz manter o prazer e a paixão pelos sonhos. É ela que estimula o ânimo e o amor pelos objetivos e a sensação de estar vivo, superar os limites e conquistar assim mais confiança para superar os desafios da vida pessoal e profissional.
Para isso, é importante cuidar dessa nossa criança, pois, consequentemente, estaremos cuidando da nossa paixão, energia e vontade de expandir nossos potenciais. A razão e a lógica ocupam a liderança na nossa vida e progressivamente perdemos o hábito de nos conectarmos com a liberdade da criança interior e entramos no famoso “piloto automático”, presos e encarcerados por esquemas mentais e de comportamento.
É possível se libertar das amarras da vida no momento em que expandimos a capacidade de conhecer a nós mesmos, estando mais atentos às nossas emoções e utilizando a capacidade única do ser humano de evolução. Se abandonarmos a nossa criança interior, abandonamos a confiança no futuro, o otimismo, o acreditar e o estar aberto a viver. Na realidade, a vida perde então o significado e sentido.
Ser natural como uma criança significa ser espontâneo, estar aberto a experimentar a vida sem pré-julgamentos, sem filtros limitantes, sem crenças obsoletas e medos do que as pessoas possam pensar de nós. A criança interior existiu antes de nos tornarmos adultos e ainda existe! Se a deixarmos morrer perderemos a riqueza, a força, o entusiasmo e a capacidade de transformar os obstáculos em oportunidades.