A campanha “Meatless Monday”, conhecida no Brasil como “Segunda sem Carne”, foi originada inicialmente em 2003, nos Estados Unidos, e possui o intuito de incentivar as pessoas a reduzirem o consumo de carne ao menos um dia na semana. A prática se popularizou no país e ao redor do mundo, e já possui inúmeros adeptos em mais de 40 países.
Segundo o relatório do Instituto de Recursos Mundiais (WRI), cerca de 2 bilhões de pessoas consomem grandes quantidades de carne por dia. Tal ato pode levar a consequências sérias, como uma crise alimentar e uma catástrofe climática. Para o estudo, os países, em especial Brasil, Rússia e Estados Unidos, devem diminuir o consumo de proteína animal em 40% como forma de reverter esse cenário.
Comer carne em excesso traz inúmeros malefícios ao meio ambiente. A atividade pecuária está diretamente relacionada com as emissões de gases, por exemplo, liberando grandes quantidades de gás metano na atmosfera, que podem poluir até 21 vezes mais do que o gás carbônico.
Além disso, segundo relatórios do Banco Mundial, 91% das causas do desmatamento são causadas por essa prática, sendo 20% deste número referente à produção de grãos para alimentar os animais. O cerrado, bioma que compõe quase 25% da área do país, já teve mais de 50% de sua área devastada, segundo o IBGE. Quanto a Amazônia, a exploração do território se divide em pasto e cultivo de soja para alimentação do gado.
Uma pesquisa realizada pelo IBOPE, em 2018, aponta que o número de vegetarianos vem crescendo no Brasil. Os dados indicam que 14% da população declara não comer carne. Nas regiões metropolitanas de São Paulo, Curitiba, Recife e Rio de Janeiro este percentual sobe para 16% – estatística que representa um crescimento de 75% em relação a 2012.
Com o aumento da preocupação com as questões que envolvem o meio ambiente, englobando as condições de vida destinada aos animais, houve, simultaneamente, um crescimento da procura por uma alimentação que reduza a ingestão de produtos de origem animal como forma, inclusive, de adotar uma dieta mais saudável. “Retirar esses alimentos do prato por pelo menos um dia na semana pode trazer muitos benefícios para a saúde. Carnes, principalmente as vermelhas e processadas, podem aumentar os riscos de câncer, doenças cardíacas e outros problemas graves”, destaca Cyntia Maureen, nutricionista da Superbom , empresa pioneira na produção de alimentos veganos e vegetarianos.
No entanto, a nutricionista reforça que, para que essa mudança ocorra de forma saudável, é fundamental saber como substituir e montar um prato equilibrado. “Para que a substituição ocorra da maneira correta, é preciso apostar em alimentos que sejam ricos em proteínas vegetais e complementar a refeição com vegetais e outros alimentos nutritivos, fontes de vitaminas e minerais. A lentilha, presente nas carnes veganas da Superbom, é um excelente exemplo de substituto da proteína animal”, indica.
De acordo com o IBOPE, houve um crescimento rápido no interesse por produtos veganos/vegetarianos nos últimos anos. Mais da metade dos entrevistados, o equivalente a 55%, declara que consumiria mais produtos veganos se estivessem melhor indicados na embalagem e, 60%, comeria se tivessem o mesmo preço que os produtos que estão acostumados a consumir. Cyntia comenta que, nos dias de hoje, é possível encontrar coxinhas, steaks, hambúrgueres, “frangos”, salsichas e linguiças à base de plantas, sendo ótimas opções para quem busca diminuir a ingestão de carne sem deixar de lado o sabor e a qualidade.
Sendo uma das maiores pioneira no segmento, a Superbom trouxe no segundo semestre desse ano a expansão da sua oferta de produtos com a inauguração de lojas exclusivas dentro de duas plataformas de marketplaces. O lançamento foi uma parceria com o Mercado Livre e Magalu, que passaram comercializar 30 itens do catálogo da marca, incluindo as linhas de itens secos, resfriados e congelados.
“Hoje em dia está muito mais fácil consumir alimentos saudáveis. Os produtos plant-based podem ser encontrados tanto em lojas físicas quanto em marketplaces, com um ótimo custo-benefício, por exemplo. Isso torna plenamente possível ter uma redução ou até mesmo uma remoção completa do consumo da proteína animal, com uma variedade de opções práticas, que, além de benéficas ao organismo, são muito gostosas”, finaliza a especialista.