Análise inédita feita pelo Sebrae, que toma por base a relação entre o comportamento dos consumidores, o cronograma de vacinação e a aceleração da aplicação das doses, a partir de estimativas do Ministério da Saúde e IBGE, serve de estrutura para a proposta de socorro do Sebrae às micro e pequenas empresas. O plano envolve ações específicas para apoiar os empresários em três fases: isolamento, flexibilização e pós-vacina.
Estudo
Um estudo feito pelo Sebrae a partir de dados da Fiocruz e do cronograma para a entrega de vacinas do Ministério da Saúde e dados populacionais do IBGE prevê que, acelerandoo ritmo de vacinação, até o próximo dia 18 de agosto, cerca de 9,5 milhões de pequenos negócios podem ter retomado o nível de atividade equivalente ao registrado antes da pandemia. Isso representa cerca de 54% do universo de microempreendedores individuais e micro e pequenas empresas brasileiros. São negócios que atuam principalmente nos setores relativamente menos atingidos pela crise e que teriam uma reação mais rápida ao contexto de imunização da população: Comércio de Alimentos, Logística, Negócios Pet, Oficinas e peças, Construção, Indústria de base Tecnológica, Educação, Saúde e bem-estar e Serviços Empresariais.
Vacinação
De acordo com especialistas, o SUS tem capacidade de aplicar 3,04 milhões de doses diárias. Atualmente, o ritmo de vacinação está próximo a 700 mil doses/dia. De acordo com o estudo do Sebrae, chegando próximo à capacidade do SUS, até o dia 24 de maio 100% dos idosos com mais de 60 anos e dos profissionais da saúde estariam imunizadoscom duas doses da vacina. No dia 6 de julho, esse grupo seria ampliado com o restante dos grupos prioritários, que incluem profissionais da educação, segurança, transportes, industriais e pessoas com comorbidades.
População imunizada
Assumindo que a vacinação seguiria por grupos de idade, no dia 18 de agosto, 100% das pessoas com mais de 40 anos teriam sido imunizadas. Também nessa data, chegaríamos a dois terços da população imunizada com duas doses. “Sabemos que a vacina é o único meio capaz de devolver a economia ao eixo da normalidade. Por isso, apoiamos todas as iniciativas que têm sido adotadas para ampliar a disponibilidade de vacinas para a população. Quanto mais rápido imunizarmos todos os brasileiros, mais rápida será a retomada dos pequenos negócios”, comenta o presidente do Sebrae, Carlos Meles.
Segmentos
Ainda de acordo com o estudo realizado pelo Sebrae, outros setores da economia, pelas suas particularidades, retornariam mais lentamente ao estágio verificado antes do início da pandemia. É o caso dos segmentos de Bares e Restaurantes, Artesanato e Moda, que só retomariam esse nível de atividade por volta do dia 11 de outubro, quando 100% das pessoas com mais de 25 anos estariam imunizadas. Já o setor de Beleza só alcançaria o estágio de faturamento equivalente ao pré-pandemia em 27 de outubro. Segundo o estudo feito pelo Sebrae, os setores de Turismo e Economia Criativa devem demorar ainda mais, voltando ao patamar de faturamento anterior à pandemia apenas em 2022, mesmo que 100% da população já tenha sido vacinada até dezembro desse ano.
Mudanças de hábitos
“A pandemia mudou muitos dos hábitos de consumo da população. Mesmo com o avanço significativo da vacinação, alguns comportamentos não serão alterados rapidamente. A tendência é que o consumo por meio da internet continue em alta. Assim como é esperado que as pessoas continuem evitando grandes concentrações ainda por algum tempo. Por esse motivo, atividades como Economia Criativa e Turismo levarão um tempo maior para voltar ao mesmo padrão de faturamento anterior à crise”, comenta o presidente do Sebrae.
Socorro aos pequenos negócios
Enquanto acompanha a evolução da vacinação e a gradativa retomada dos diferentes setores da economia, o Sebrae estruturou um plano de apoio aos pequenos negócios, dividido em três fases. A primeira – que é o momento atual de Isolamento – prevê uma série de ações voltadas a apoiar os pequenos negócios na abertura de novos mercados (digitalização das empresas), melhorar as finanças do negócio e desenvolver ações junto ao Congresso e ao governo para melhoria das políticas públicas.
Fase 2
Na fase 2, que é o estágio da flexibilização das medidas de isolamento social, o Sebrae vai reforçar a atenção dos pequenos negócios quanto à importância de continuar observando os protocolos de higiene e saúde e vai abrir espaço também para orientar os empreendedores na renegociação de dívidas e empréstimos, bem como a remodelagem das empresas. “Muitos empresários e empresárias vão precisar reformular seus modelos de negócio para continuarem em operação”, diz o presidente do Sebrae.
Fase 3
Por fim, na fase 3, que é o período pós-vacina, o Sebrae vai trabalhar para apoiar os novos negócios que deverãosurgir. Além disso, o foco deve voltar para uma questão estrutural da economia brasileira, a partir daa melhoria produtividade das empresas, e para incentivara inteligência de negócios, para que o pequeno empreendedor possa se preparar para um mercado consumidor em constante mudança. “Nossa expectativa é que, no momento em que a população esteja vacinada, muitos empreendedores que fecharam as portas por conta da crise resolvam abrir novas empresas, assim como devem surgir novos empresários, movidos pelas oportunidades que serão criadas nesse novo momento da sociedade e da economia”, avalia Carlos Melles.
… Bom dia! “Nunca uma noite venceu o amanhecer. E nunca um problema venceu a esperança”.
… Trocam de idade hoje: Lizandra Pasqualotto, Fernanda Canale, Stella Trad, Angélica Sigarini, Daniela Barbosa Rimoli, Alberto Rabenhorst, Valéria Miranda, e Denise Reis, Happy birthday!
… O Programa Matchfunding BNDES+ Patrimônio Cultural selecionou dez projetos para sua terceira edição que, pela primeira vez, traz uma etapa inteiramente digital, até por força da pandemia do novo coronavírus (covid-19). O edital foi lançado em dezembro de 2020 e o resultado foi divulgado ontem(9) pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
… Batizada de Edição Lab, essa nova etapa do programa dá destaque a propostas que usam a internet para ampliar a interação do público com os patrimônios culturais brasileiros.
… As propostas selecionadas terão um mês de capacitação visando a estruturação da campanha de financiamento coletivo e escolha de parceiros. A partir de maio, eles já deverão estar prontos para captar recursos junto à sociedade, por meio de campanhas de crowdfunding (financiamento coletivo) hospedadas no site do programa .
… A cada R$ 1 doado pelo público, que inclui pessoas físicas e jurídicas, o BNDES investe mais R$ 2, até o valor máximo de R$ 75 mil por projeto, o que significa triplicar a arrecadação. Cada projeto deverá captar, pelo menos, R$ 25 mil via financiamento coletivo, de modo a mostrar que houve um engajamento social.
… A expectativa é que as dez iniciativas consigam arrecadar, no total, pelo menos R$ 750 mil, sendo R$ 250 mil ou mais de recursos da sociedade e R$ 500 mil do BNDES. Ao final da campanha de financiamento coletivo, os projetos, nesta edição, têm seis meses para execução. Nos dois editais anteriores, não digitais, o prazo de execução foi de nove meses cada.
… Na Região Centro-Oeste, os selecionados são o Projeto Filhos da Terra: Festa do Divino, Círio de Nazaré, Bumba Meu Boi, Maracatú, Congada, pela Lente Cultural Coletivo Fotográfico, de Goiás, para elaboração de cartografia que resgata itinerários de povos e bens culturais ao longo da história, por meio de plataforma online de acesso, difusão e referência das manifestações documentadas; e Monumentos em Movimento, da Associação Goiana de Artes Visuais, prevendo a produção de 20 minidocumentários sobre os mais diversos patrimônios do estado e seus processos construtivos, para exibição em redes sociais.