No dia 28 de fevereiro, às 11h, a Canvas Galeria de Arte abre suas portas para mostrar o que existe de melhor no grafite nacional. Trata-se de uma exposição que tem por objetivo apresentar o que existe de mais genuíno da arte contemporânea, que, sem dúvida, é o grafite?, conta Rodrigo Brant, galerista da Canvas.
Sob a curadoria de Luis Maluf, um especialista do movimento e de muita proximidade com os grafiteiros, e também com a parceria do Escritório de Artes Soares Rodrigues, a mostra reúne o trabalho de artistas urbanos expressivos como Cranio, Kobra, Nunca, Orion e Binho, conhecidos no Brasil e também no exterior. Essa iniciativa reflete um novo movimento do Grafite que além dos muros, passa a ocupar outros espaços, como uma galeria. Uma ousadia, afirma Brant.
Além da abertura da exposição, o evento vai contar com o lançamento do Photo Grafite, livro fotográfico do jornalista Paulo Lacerda que acompanhou o trabalho de vários artistas por vários anos. O livro é um documento que demonstra o quanto o grafite é uma expressão única e que está fazendo a história aqui no país, diz ele.
Para Cranio, artista conhecido por seus personagens indígenas que povoam muros e viadutos na cidade de São Paulo e que alcançou grande prestígio em Londres e Barcelona, pintar a fachada da Canvas foi inusitado. Foi uma ação diferenciada e acho que leva nossa arte para ter contato com outros públicos.
A inauguração acontece no dia 28 de fevereiro, às 11h, e a exposição permanece até 14 de março. Artistas participantes: Cranio, Kobra, Binho, Acme, Tinho, Any Lemos, Toz, Nunca e Orion.
Perfil dos artistas:
Cranio: Paulistano da Zona Norte de São Paulo, Fábio de Oliveira é considerado um dos mais consagrados artistas urbanos do momento e que procura passar sua mensagem por meio de personagens tipicamente brasileiros. Seus grafites já ocuparam espaços públicos na Europa, em cidades como Londres e Barcelona.
Kobra: Paulistano de Campo Limpo, Carlos Eduardo Fernandes Leo é conhecido por inúmeros desenhos pintados em diversos pontos da capital paulista, como o viaduto 23 de maio e avenida Brigadeiro Faria Lima.
Binho: Considerado um dos pioneiros do street art no Brasil, Fabio Luis Santos Ribeiro, iniciou sua arte em 1984 e já passou por países como Argentina, Chile e Peru.
Acme: O carioca Carlos Esquivel começou a grafite nos anos 90 e começou a pintar no Rio de Janeiro, para uma pista de skate e nas comunidades. Morador do Pavãozinho, conta a história das comunidades por meio de sua arte.
Tinho: Formado em Artes Plásticas pela FAAP, Walter Nomura, aos 12 anos pichava as ruas sobre a falta de democracia no Brasil.
Anny Lemos: Pertence à novíssima geração do movimento. Formada em Artes Plásticas pela UNESP, recentemente mostrou seu trabalho no Centro Cultural da Usp.
Toz: Baiano de nascença, Toz foi criado no Rio de Janeiro e é no universo carioca que está os principais exemplares de seu trabalho, como um mural urbano, situado na zona portuária do Rio de Janeiro e considerado um dos maiores murais do mundo, com 2100 m2.
Nunca: Francisco Rodrigues da Silva é respeitado no Brasil e no exterior. Suas obras já ocuparam espaços públicos como o Sesc no Brasil e também expôs na Tate Noder, em Londres.
Orion: Alexandre Orion Criscuolo (São Paulo SP 1978). Artista visual, fotógrafo e designer. Iniciou, como autodidata, em 1993, seu trabalho com grafite e arte pública, e, em 2001, com fotografia. Em 2004, gradua-se em artes visuais pela Faculdade Montessori – Famec, São Paulo.
SERVIÇO:
Inauguração: 28 fevereiro, das 11h às 17h.
Exposição: 1 a 14 de março. Horário de funcionamento: Seg. à sexta, das 10 às 19h; sábados das 11h às 15h.
Endereço: Canvas Galeria de Arte
Avenida Europa- nº 715
São Paulo ? SP
Entrada Gratuita