Principal atração turística da capital paulista, Além de um relógio de sol que marca as horas através de poesias, o Parque conta com um banco doado pela cidade de Nova Iorque (EUA) e uma Pedra Fundamental, conhecida como marco zero, que simboliza sua fundação
Com opções para todos os estilos, o Parque Ibirapuera, atualmente administrado pela Urbia, é o principal ponto turístico da capital paulista. Ao longo dos seus 67 anos de existência, diversas histórias e curiosidades marcaram o espaço e a memória do Parque. A começar pelo seu nome, Ibirapuera, que significa “árvore apodrecida” em tupi-guarani. Isso se deve à região escolhida para a implantação do Parque na década de 1950, caracterizada por uma área alagadiça de brejo.
Fundado em 21 de agosto de 1954, como um presente à cidade de São Paulo pelo seu aniversário de 400 anos, as construções históricas no Parque, como a Grande Marquise, o Museu Afro Brasil, a Oca, entre outras, foram concebidas pelo arquiteto Oscar Niemeyer, com projetos estruturais do engenheiro Joaquim Cardozo, e com o complemento do paisagismo de Teixeira Mendes.
Ao longo de seus 1,5 km² de área, é possível encontrar 532 espécies de plantas, incluindo árvores, arbustos e herbáceas, plantas de caule mole que não produzem madeira, e 30 espécies de briófitas, plantas que não possuem vasos condutores de seiva. No que diz respeito à fauna, desde 1992 é realizado um registro das espécies que habitam e utilizam o Ibirapuera em períodos migratórios. Ao todo, são mais de 352, sendo estas: 45 espécies de borboletas, 12 espécies de peixes, 14 espécies de répteis e anfíbios, 17 espécies de mamíferos e 229 espécies de aves.
O conjunto de lagos e a fonte do Ibirapuera também têm enorme significado para os visitantes, tornando-se um atrativo à parte. Com 150 mil metros quadrados, o conjunto de lagos atua como um divisor entre a área cultural e a ambiental e desempenha importantes funções e serviços ecossistêmicos, como absorção da água da chuva e moderação climática, além de ser habitat de diversas espécies de peixes e tartarugas.
Aliás, desde que assumiu a gestão do Ibirapuera, uma das principais ações realizadas pela Urbia foi a recuperação da área verde em torno do lago. Entre algumas dessas iniciativas, já realizadas pela Concessionária, está o replantio de gramado, descompactação do solo e plantio de jardins, a fim de ajudar na drenagem da água das chuvas, proteger as margens contra processos erosivos e dar melhor refúgio à fauna local. Por consequência, houve uma expressiva melhora na experiência dos visitantes do Parque e na estética da paisagem.
Monumentos
No Parque existem aproximadamente 25 monumentos, estátuas e esculturas. Dentre os monumentos mais simbólicos do Ibirapuera está a Pedra Fundamental, conhecida também como marco zero. Representa o momento inicial da construção do Parque e encontra-se no gramado ao lado do Auditório Ibirapuera.
Presente de Nova York
Mais um projeto simbólico encontrado no Ibirapuera é o banco doado pela cidade de Nova Iorque (EUA). Em 2011, a cidade de São Paulo sediou o C40, evento internacional que reuniu prefeitos de 40 cidades de todo o mundo, para discutir projetos ligados ao meio ambiente. A organização era presidida por Michael Bloomberg, prefeito de Nova York na época.
O Sr. Bloomberg visitou e gostou muito do Ibirapuera e, como forma de agradecimento, presenteou o Parque com um banco do famoso Central Park. A princípio, o banco ficava na frente da antiga administração do Parque Ibirapuera, mas, no início deste ano, após uma restauração que durou 15 dias, a peça foi realocada para a Praça do Porquinho. Consiste em um espaço mais aberto, de maior destaque e que conta com um lindo jardim, ideal para fotos.
Espécies dos cinco continentes
Quanto ao nome da Praça da Paz, trata-se de uma homenagem às comemorações relacionadas à paz mundial na década de 60. Na época, para representar a integração entre os povos do planeta, foram plantadas espécies vegetais dos cinco continentes no local. Dessa forma, podem ser encontrados dendezeiros (espécie de palmeira da África) álamos (árvore europeia), flores de abril (asiáticas), plátanos (Canadá), mamelucas (arbusto da Austrália) e exemplares de pau-brasil no espaço.
Relógio de Poesia
Localizada ao fundo da Praça da Paz e próxima ao caminho para a ponte de ferro, consta ainda uma obra chamada Poesia não Tem Hora, criada pelo artista plástico Lee Swain e pela poeta Rita Alves. Consiste em 12 placas de concreto, que trazem poemas focados na temática do tempo, de 12 poetas contemporâneos. As placas foram dispostas ao redor de uma árvore para simbolizar um relógio. Dessa forma, a sombra da árvore representa o ponteiro.
Fotos: Divulgação Urbia Parques