O 1º modelo 100% elétrico do Brasil que vai custar o mesmo que os concorrentes a gasolina
Finalmente chega o momento da verdade no mercado automotivo nacional. Se a eletrificação dos modelos ainda parecia incipiente, fruto, como se sabe, de veículos intrinsecamente mais caros que seus similares de mesmo porte, a chegada do JAC E-J7 poderá subverter essa regra. Vendido de R$ 259.900, ele preencherá exatamente a mesma lacuna de mercado que os sedãs premium disponíveis no mercado nacional, como Audi A5 Sportback, BMW 320i GP e Honda Accord Hybrid, por exemplo.
Com 4,77 metros de comprimento, 1,82 m de largura e 2,76 m de entre eixos, o carro competirá diretamente com sedãs de carrocerias e potências similares, mas por serem movidos por motores a combustão, todos mais lentos nas arrancadas.
Audi A5 Sportback Prestige Plus – 4,76 m / 1,84 m / 2,82 m (comprimento / largura / entre eixos, respectivamente). Possui motor de 190 cv e faz 0 a 100 km/h em 7,3 segundos. Custa a partir de R$ 303 mil;
BMW 320i GP – 4,71 m / 1,83 m / 2,85 m. Motor de 184 cv. 0 a 100 km/h em 7,1 segundos. Sai a partir de R$ 280 mil;
Honda Accord Hybrid – 4,90 m / 1,86 m / 2,83 m. Motor com 184 cv. Faz 0 a 100 km/h em 7,5 segundos. Custa R$ 311 mil.
Sergio Habib, presidente do Grupo SHC e da JAC Motors Brasil, destaca a “ótima notícia” vinda dessa comparação. “Conseguimos uma ótima negociação com a matriz para posicionar a marca de forma muito competitiva. Como se vê, ele tem o mesmo porte dos principais modelos premium do mercado, mas é mais rápido nas arrancadas do que todos eles. E ainda é mais barato. Acredito que o volume de vendas desse novo modelo 100% elétrico vai surpreender”, comemora. “Se nossas pesquisas indicavam que o preço continuava sendo um item proibitivo para uma venda em maiores volumes dos modelos elétricos, o E-J7 não terá mais esse problema”.
Com 50,1 kWh de capacidade de carga, o E-J7 possui um excepcional rendimento, favorecido pelo torque máximo disponível desde o momento em que o condutor liga o carro (340 Nm) e pelo contido peso em ordem de marcha (1.650 kg). O resultado não poderia ser outro: 0 a 100 km/h em apenas 6,4 segundos.
“A empresa automotiva tem sido referência mundial em eficiência energética de carros elétricos. Para rodar 402 km, o carro precisa de apenas 50,1 kWh de baterias. Isso impacta no peso do carro, que é baixíssimo, praticamente o mesmo dos concorrentes a gasolina. E permite as acelerações tão vigorosas! Outros elétricos de portes semelhantes usam quase o dobro de baterias, pesam uma tonelada a mais… só que têm a mesma autonomia de 400 km”, sentencia Habib. Para preservar a autonomia, entretanto, a velocidade máxima do modelo é limitada eletronicamente a 150 km/h.