*Por Jennifer de Paula
Mesmo com uma edição frequentemente criticada em relação às outras, em 2022, o Big Brother Brasil ainda é um dos assuntos mais comentados no país. Em especial, as atitudes envolvendo a participante Jade Picon, tanto pelo seu comportamento dentro da casa, quanto pelo da equipe de administradores fora dela. Para a especialista em marketing, Jennifer de Paula, houve uma série de erros que podem ser destacados com o desenrolar dos fatos até aqui. “Costumo dizer que o assessor deve sempre estar aliado ao assessorado, repassando a postura, os padrões de comportamento que devem ser seguidos tanto nas redes sociais, quanto na vida real”, explica.
Para ela, Jade Picon e Sarah Andrade, da última edição, têm bastante em comum. Enquanto Sarah perdeu apoio do público após manifestar suas opiniões políticas dentro do jogo, Jade ficou presa em atitudes que foram interpretadas como uma perseguição ao participante Arthur Aguiar. “É importante evitar se envolver em temas que te posicionem de forma muito positiva para um público e muito negativa para outros. Isso fará com que você divida seus seguidores”, opina a especialista.
Além disso, na última edição do programa ao vivo, a falta de concordância entre Jade e sua equipe de administradores ficou em destaque. Enquanto a participante pediu que os fãs votassem em Arthur Aguiar, a equipe fez campanha para a eliminação de Jessilane, a terceira opção do paredão da semana. “Ao construir um planejamento de imagem pessoal/digital,deve-se condizer com interesses e índole, evitando conflitar informações entre o que você realmente é com o que está publicando na rede”, afirma.
Com um alcance incalculável, Jade era uma das participantes cotadas a campeã da edição e, por vezes, o posicionamento virtual da equipe de ‘adm’s’ pode ter prejudicado a participante, como quando adotaram o apelido “Piton”, disseminando a ideia de que a participante era uma ‘cobra’, erro parecido com os cometidos pela equipe de participantes como Karol Conká e Nego Di, que posteriormente levaram ao abandono das mídias. “É comum as pessoas agirem com mais afeto quando estão envolvidas emocionalmente, levando para o lado pessoal e, por mais que tenham o intuito de defender a pessoa, acabam elevando os pontos negativos e contribuindo para o temido cancelamento”, pontua Jennifer.
Por isso, é essencial que os erros sejam usados como ganchos para acertos e reconquista de público. “Estratégias de marketing digital vão muito além de impulsionar uma rede. Precisamos entender a fundo o cliente, sua vida pessoal, seus traumas, medos e intolerâncias. Desta forma conseguimos uma análise interna para planejar a melhor forma de passar isso ao público”.
Jennifer de Paula é especialista em marketing