A raça desembarcou recentemente no Nordeste e já aumentou em 27,5% em número de animais, nos últimos dois anos.
Um terço de sangue zebu e dois terços de britânico, a raça Brangus vem crescendo ano após ano no Brasil. Segundo dados da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA), de 2018 para 2022 houve um crescimento de 94% nas vendas de sêmen da raça, sendo que 137% desse crescimento foi somente de sêmens de touros nacionais.
O mapa do Brangus, no Brasil, tem saído do Sul em direção ao Norte e Nordeste, apresentando a viabilidade dos animais, em climas mais quentes. Na distribuição por regiões, o Sul soma 194 criatórios, no Sudeste, são 52, no Centro-Oeste são 44, no Norte 9 e o Nordeste aumentou em 27% no volume de animais, nos últimos dois anos, distribuídos agora em 7 propriedades.
Para o gerente de produto de corte europeu de uma empresa de comercialização de sêmen do país, Delmiro Rodrigues, as necessidades e objetivos de quem está ao Sul são diferentes do Brasil central, e é justamente nessa diferença que o Brangus se torna uma ótima opção.
“Quando falamos do cruzamento e do produto Brangus, temos que falar de seus benefícios e assertividades, de onde a gente vai usar, seja no cruzamento, seja no tricross. A raça, por ter um perfil extremamente adaptável, vai crescer cada vez mais e quanto mais os criadores olharem para o centro do país e identificarem que ali também funciona um mercado adepto, via inseminação, mais conseguiremos expandir a raça”, explica o gerente comercial.