A Crucialidade dos Esportes Radicais nos Jogos Olímpicos

Por Stefan Santille

Os esportes radicais têm trilhado um caminho árduo e repleto de conquistas significativas, especialmente no Brasil. Como atleta e entusiasta dessas modalidades, testemunhei pessoalmente a evolução e o aumento de reconhecimento que os esportes radicais alcançaram, passando de atividades marginalizadas a componentes respeitados do programa olímpico.

Antigamente, práticas como skate, surf e BMX eram vistas com desdém, rotuladas como hobbies de rebeldes e inconformados. Porém, para aqueles envolvidos, sempre foram muito mais: expressões de liberdade e criatividade, desafiando os padrões estabelecidos.

Antigamente, práticas como skate, surf e BMX eram vistas com desdém, rotuladas como hobbies de rebeldes e inconformados.

A inclusão das modalidades radicais nas Olimpíadas de Tóquio 2020 representou um marco, legitimando-as perante o mundo inteiro. No entanto, mesmo com tal avanço, os esportes radicais ainda enfrentam desafios substanciais no Brasil, como a falta de infraestrutura adequada e de investimentos suficientes, apesar de sua crescente popularidade exemplificado pelo skate, que, de acordo com o Instituto Datafolha, é praticado por cerca de 8,5 milhões de brasileiros.

À medida que os Jogos Olímpicos de Paris 2024 se aproximam, urge refletir sobre o futuro dos esportes radicais em nosso país. É essencial aumentar os investimentos em infraestrutura e apoiar os atletas em todas as etapas de suas carreiras, além de promover uma maior conscientização sobre os benefícios dessas práticas para a sociedade.

À medida que os Jogos Olímpicos de Paris 2024 se aproximam, urge refletir sobre o futuro dos esportes radicais em nosso país.

Como atleta e líder na área, estou comprometido em utilizar minha experiência e minha plataforma para impulsionar a evolução dos esportes radicais no Brasil. Por meio da empresa que fundei, buscamos não apenas vestir, mas também apoiar e desenvolver jovens talentos, contribuindo ativamente para uma mudança positiva na forma como esses esportes são percebidos e valorizados.

Os esportes radicais não são apenas um teste de habilidade física; eles são um vetor de transformação social e cultural. Juntos, podemos construir um futuro onde essas modalidades sejam não apenas aceitas, mas exaltadas como parte essencial do nosso patrimônio esportivo nacional.

Stefan Santille, Atleta de Snowboard e Fundador da Ursofrango