A Dra. Dania Abdel Rahman, Infectologista do Hospital Albert Sabin de SP, fala sobre as vacinas contra a COVID-19 e, em especial, a CoronaVac.
Tema em voga nos noticiários dos últimos meses, a segurança e eficácia das vacinas contra o novo coronavírus vem despertando a curiosidade e os anseios de todos os brasileiros. Nesse contexto, a questão mais frequente é se podemos confiar em tais vacinas.
A Dra. Dania Abdel Rahman, infectologista do Hospital Albert Sabin de SP (HAS), afirma que sim. “Podemos confiar em todas as vacinas disponibilizadas contra o novo coronavírus. São elaboradas em instituições sérias e renomadas”, diz a médica.
Responsável pela vacina CoronaVac, o Instituto Butantan, de São Paulo, é referência na produção de vacinas desde 1901 e, por seu trabalho notável em saúde pública, é considerado um dos principais centros científicos do mundo.
Estudos demonstraram que, no caso da vacina do Butantan, em parceria com o laboratório chinês Sinovac, são necessárias duas doses para a real eficácia.
No intuito de esclarecer mais dúvidas sobre a campanha de imunização em geral, a Dra. Dania elaborou uma lista de perguntas e respostas sobre o tema.
A vacina começa a agir após a segunda dose ou apresenta eficácia já na primeira dose?
O tempo de ação da vacina é após 15 dias da aplicação da segunda dose. É o tempo ideal para que o organismo produza anticorpos em quantidade suficiente para evitar que a pessoa adquira o vírus ou evite a forma grave da doença.
Crianças podem tomar a CoronaVac?
Uma vez que a vacina é elaborada a partir de vírus morto, ou seja, inativado, torna-se mais segura e em alguns países, como a China, por exemplo, crianças a partir de três anos foram incluídas nos testes. Contudo, no Brasil, o uso para pessoas menores de 18 anos não foi liberado.
Qual o maior benefício de se tomar a CoronaVac?
Os trabalhos demonstraram que de todas as pessoas que tomaram a CoronoVac, aproximadamente metade não desenvolveu a doença. Quanto a outra parte, que adquiriu, não se notou o desenvolvimento da forma grave da doença, onde ela se torna de maior potencialidade à fatalidade. Outro ponto importante do estudo diz respeito às internações em UTIs, onde a eficácia da CoronaVac foi de 100% no evitamento dessas ocorrências.
“É muito importante que tenhamos confiança nas vacinas desenvolvidas e disponibilizadas. Estamos vivendo uma pandemia onde mais de 200 mil pessoas já morreram no país e é fundamental sabermos que a vacina é a única “arma” no combate a essa doença”, finaliza a infectologista do HAS.