Durante as semanas de moda europeias as grifes mostraram as tendências lúdicas e divertidas que serão destaques na próxima estação. Além da retomada do estilo dos anos 90, que triunfou na New York Fashion Week, em Londres, Milão e Paris, o balletcore também apareceu nas ruas e nas passarelas. A consultora de moda e estilo, Camile Stefano, chama a atenção para o visual típico da dança clássica aplicado ao estilo casual.
Mas calma aí: não é sobre se fantasiar de bailarina, e sim adaptar os detalhes do figurino para o visual das ruas. As meias grossas com sandálias, por exemplo, que ficaram em evidência nos desfiles de Primavera/Verão 2023 de marcas como Dior e Fendi, remetem diretamente ao dresscode das dançarinas e são o must-have da meia-estação. “Os modelos coloridos ou similares a polainas combinam muito bem com os sapatos altos ou estilo boneca”, explica Camile.
O glamour minimalista e o toque delicado, típicos do balé, estiveram presentes também nas criações. No desfile da grife italiana Moncler, em Milão, uma bailarina abriu o evento. A stylist explica que os casacos de inverno foram trazidos para o palco fazendo um combo esporte-chique perfeito. “A inspiração também tem a ver com o movimento e a leveza da dança. Esses conceitos são aplicados às roupas, que deixam de ser tão extravagantes nesta temporada”, analisa.
A grande marca da moda inspirada nos estúdios de balé são as sapatilhas planas. Nesta temporada, as grifes optaram por versões rasteiras ao invés dos saltos altos ou plataformas. “Em Londres, a grife Tod’s trouxe modelos inspirados nos sapatos de dança”, pontua a especialista.
Por fim, Camile esclarece que laços, tules e collants também fazem parte do universo balletcore, como o brinco usado pela it-girl brasileira, Bruna Marquezine, no desfile da casa de alta costura italiana, Balenciaga, ou no vestido apresentado pela Chanel, em Paris. O tule que esteve presente nos looks apresentados pela Prada, em Milão. “Estas tendências retomam o lado girlie, que é a identidade da moda bailarina”, conclui.