Trazer um pet para dentro de casa por meio da adoção é uma atitude muito especial, tanto para o ciclo familiar quanto para o acolhimento dos bichinhos. No entanto, é uma decisão que requer responsabilidade. Em 2022, existiam cerca de 30 milhões de animais abandonados nas ruas do país, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Para evitar que esse cenário seja agravado, os tutores devem se preparar para tornar a experiência positiva para ambos os lados. Entender quais serão os gastos necessários e identificar se o estilo de vida é compatível são alguns dos passos para adotar de forma consciente.
“Esse é um passo grande para as famílias e um ato muito honrável. Infelizmente, o abandono animal ainda é comum no Brasil, não só aquele abandono na rua, mas também situações em que as pessoas não se acostumam com o pet e devolvem para ONGs ou o entregam para outros tutores”, comenta Marina Meireles, médica veterinária comportamentalista no Nouvet, centro veterinário de nível hospitalar em São Paulo. “Pets também têm emoções e podem sofrer com essas mudanças drásticas de ambiente e pessoas”, complementa.
Preparo financeiro
Apesar de não terem os mesmos gastos que humanos, os pets também requerem cuidados que exigem um pouco mais do bolso. Esteja ciente dos valores gastos com check-ups, vacinas, ração, escola recreativa, remédios e brinquedos, mas lembre-se que esses ‘gastos’ não deixam de ser um investimento em saúde e bem-estar do bichinho.
Ainda assim, caso não se sinta preparado ainda, espere e aproveite o período para guardar dinheiro para quando o momento for mais favorável.
Visite ONGs confiáveis
Tomada a decisão, é hora de procurar o próximo membro da sua família. Muitas instituições trabalham incansavelmente para resgatar cães e gatos e ajudá-los na espera de um lar. Pesquise abrigos confiáveis, avalie o histórico da instituição e entenda quais cuidados e cautelas eles tomam. Com certeza seu novo melhor amigo estará lá.
Avalie seu estilo de vida
Ao conhecer e ter contato com pets nas ONGs, avalie sua rotina e estilo de vida para ver se é compatível com o estilo do gatinho ou cão escolhido. Por exemplo, se seu ritmo de vida é mais agitado e barulhento, resgatar um bichinho mais calmo e sensível pode não ser a melhor combinação. Entender esses traços de personalidade é fundamental para uma boa convivência.
Respeite o tempo de adaptação
Com o pet nos braços, é importante respeitar seu espaço e deixar o lar o mais confortável possível. Cachorros muito novos, por exemplo, podem levar um tempo para se acostumar ao novo ambiente, cheiros e pessoas; gatos, por sua vez, costumam ter mais sensibilidade a sons altos e movimentos bruscos. Uma boa alternativa é escolher um cantinho próprio para o pet dormir e passar o tempo, integrando-o ao ambiente e facilitando sua adaptação.
Treinamento positivo
Não é um passo obrigatório, mas, no caso dos cãezinhos, é interessante considerar inserir reforços positivos em treinamentos; biscoitos, bolinhas, brinquedos e atividades recreativas facilitam essa experiência. Dessa forma, os laços com os humanos podem ser estreitados e a convivência se tornar mais harmoniosa.