Coluna vertebral na gestação: confira dicas do neurocirurgião para prevenir desgastes e dores

Durante a gestação, o corpo passa por inúmeras mudanças. O aumento progressivo do peso, a pressão dos órgãos internos e as alterações hormonais, principalmente a partir do segundo trimestre – e quando a barriga começa a se tornar mais pesada mudando até a postura normal e o alinhamento da coluna -, são alguns dos principais fatores que influenciam diretamente na coluna vertebral da gestante.

Além disto, as articulações pélvicas, que ajudam a sustentar a coluna vertebral, passam por relaxamento durante a gravidez. Isso pode, também, contribuir com dor e inflamação na pelve e na região lombar.

O Dr. Marcelo Valadares, médico neurocirurgião da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e do Hospital Albert Einstein, separou algumas dicas importantes para as gestantes que sofrem com dores nas costas. Confira abaixo:

  1. O uso de sapatos adequados e confortáveis é essencial durante os 9 meses. Isso favorece a circulação sanguínea e ajuda na postura e no posicionamento correto de todo o corpo. O uso de saltos altos e sapatos apertados também é contraindicado;

2) A atenção à postura é essencial. Manter a coluna ereta e os ombros nivelados quando se senta ou ao caminhar, segundo ele, são hábitos a serem lembrados;

3) A principal forma de combate às dores nas costas durante a gestação é a prática (moderada) de exercícios – sempre com orientação médica. O pilates, a yoga e as aulas de hidroginástica indicadas para gestantes são três bons exemplos, pois fortalecem o abdômen e a parte inferior das costas;

4) Dormir de lado, mantendo um ou ambos os joelhos dobrados com um travesseiro entre eles são hábitos recomendados. Além disto, a grávida pode utilizar outro travesseiro para apoiar o abdômen;

5) Além disto, reforça, ainda, que tratamentos complementares alternativos para alívio das dores, como é o caso da acupuntura, podem ajuda.  E alerta: é muito importante acompanhar a persistência da dor. Caso não seja leve ou não desapareça com o tempo, ela pode ser sinal de infecção ou de outros problemas mais sérios.