Admitir a própria deficiência auditiva não é fácil, mas é necessário. Será que você ainda ouve tão bem quanto antes? Muitas pessoas não entendem de imediato o que está ocorrendo quando surgem as primeiras dificuldades de audição. Isso acontece porque, na maioria dos casos, a perda auditiva se desenvolve lentamente no decorrer dos anos e os sintomas são difíceis de serem identificados.
O processo é diferente em cada indivíduo, mas aproximadamente uma em cada dez pessoas a partir dos 40 anos já convive com algum grau de perda auditiva. Com o envelhecimento natural do corpo, as células ciliadas do ouvido interno começam a morrer. E na Terceira Idade, a perda auditiva tende a ser mais severa.
“O primeiro passo é aceitar que já existem dificuldades para ouvir em certas situações. Reconhecer a deficiência é a melhor coisa a fazer. Estudos comprovam que o tratamento da perda de audição, geralmente com o uso de aparelhos auditivos, resulta em melhoras significativas na qualidade de vida”, afirma a fonoaudióloga Marcella Vidal, Gerente de Audiologia Corporativo da Telex Soluções Auditivas.
O indivíduo pode notar os primeiros indícios de surdez pela dificuldade de entender o que as pessoas estão falando. Os sons da fala com mais alta frequência são as consoantes, como o S, T, K, P e F.
Dez outros sintomas devem acender o sinal amarelo.
– Ouvir as pessoas falando como se elas estivessem sussurrando;
– Assistir TV em volume mais alto do que as outras pessoas da casa, pedindo com frequência para aumentarem o som;
– Não ouvir quando é chamado por uma pessoa que não está à sua frente ou que se encontra em outro cômodo do imóvel;
– Comunicar-se com dificuldade quando está junto a um grupo de pessoas ou em uma reunião;
– Pedir com freqüência que as pessoas repitam o que disseram;
– Ouvir com dificuldade o toque da campainha de casa ou o toque do celular; ou mesmo ficar embaraçado ao não entender o que outro diz pelo telefone;
– Dificuldade em comunicar-se em ambientes ruidosos, como no carro, ônibus ou trem;
– Fazer uso de leitura labial durante uma conversa;
– Família e amigos comentam que você não está ouvindo bem;
– Se concentrar muito para entender o que as pessoas falam ou cochicham;
O diagnóstico deverá se feito por um médico otorrinolaringologista. Depois, cabe a um fonoaudiólogo indicar qual o tipo e modelo de aparelho são os mais indicados para atender às necessidades de cada um.
“Dificuldades de audição podem afetar a vida social e prejudicar as relações de trabalho. A perda auditiva acontece de maneira lenta e progressiva e, com o decorrer dos anos, se não houver tratamento, a deficiência atinge um estágio mais avançado. Por isso, o uso diário do aparelho e o apoio da família são essenciais para que o indivíduo resgate a sua autoestima e mantenha a vontade de interagir com parentes e amigos”, explica a fonoaudióloga da Telex.
A tecnologia avançada tem sido uma grande aliada dos deficientes auditivos. Atualmente, há uma diversidade de modelos de aparelhos, discretos, com design moderno, conectados à Internet e adequados para os diferentes graus de perda de audição.