Dia da Internet Segura: como garantir proteção para crianças e adolescentes

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Pais e responsáveis devem redobrar a atenção com o conteúdo que os filhos acessam. Confira as dicas

Jogos, entretenimento, vídeos, redes sociais e contato com os amigos e familiares. Os meios digitais se tornaram ferramentas muito utilizadas no período de distanciamento social provocado pela pandemia da covid-19. O Dia da Internet Segura, celebrado no dia 9 de fevereiro em mais de 140 países, tem como objetivo unir e envolver diferentes setores em prol da conscientização do uso seguro, ético e responsável da rede.

O debate em torno da utilização da internet segura impacta ainda mais crianças e adolescentes, que enfrentam desafios como excesso de exposição às telas, qualidade de conteúdo e, principalmente, a segurança. Segundo dados da pesquisa TIC Kids Online Brasil, em 2019, cerca de 24,3 milhões de crianças e adolescentes com idade entre 9 e 17 anos acessavam a internet no Brasil, o que corresponde a 86% do total de pessoas nessa faixa etária.

Para o diretor do Marista Escola Social Ir Acácio, em Londrina (PR), a utilização das ferramentas digitais abrem infinitas possibilidades para as crianças e adolescentes, mas o acesso deve ser acompanhado de muito diálogo. “Os meios digitais são muito utilizados para a expressão das atividades, sentimentos e novidades. Em uma conversa, os pais e responsáveis podem aproveitar para reforçar a importância da segurança, dos temas e conteúdos acessados.

Cultura digital

O consumo da internet está diretamente ligado a uma cultura digital, que ainda é muito recente, principalmente para os adultos. É o caso da família de Jennifer Marcelino, de 11 anos, aluna do Marista Escola Social Irmão Lourenço, que atende gratuitamente crianças e adolescentes na Zona Leste de São Paulo. Ela está fazendo as atividades on-line no período da pandemia e divide a sua rotina para não ficar muito tempo na frente da tela. “Todos os dias separo o tempo de estudo e o de lazer e escrevo no caderno os horários que posso ter intervalos, e ver outras coisas”, reforça.

A mãe, Sandra Regina Marcelino, acompanha muito do tempo em que a filha fica online. “Ela tem redes sociais, gosta de fazer vídeos, aproveitamos para fazer juntas, assim é uma forma de eu ver e acompanhar de perto o que ela está acessando”, explica.

Para contribuir com a rotina dos pais e responsáveis, confira as dicas de como deixar o acesso a internet mais segura.

Mantenha um tempo online na rotina

Separar um tempo para olhar os canais que os filhos gostam, vídeos que acessam, jogos e etc. Esse momento pode promover um diálogo e a conexão entre as famílias. Incentivar o acesso a conteúdos seguros e adequados para a idade também contribui para a confiança nessa relação entre as crianças, adolescentes e internet.

Dispositivos em lugares acessíveis e coletivos

Manter computadores e tablets em ambientes comuns, como sala ou cozinha, pode facilitar o acompanhamento das atividades diárias, os sites mais acessados, as dúvidas sobre os links que podem ser clicados. Com algum adulto por perto, a criança pode ter mais facilidade para a conversa

Apoie outras atividades com a internet

A rede de computadores pode servir de auxílio e incentivo na busca de atividades offline, como brincadeiras, jogos em família e tutoriais para cuidado com plantinhas. É importante também incentivar o uso das redes para encontrar outras formas de entretenimento e conhecimento para além das telas.

Marista Escolas Sociais

Marista Escolas Sociais atende gratuitamente 7700 crianças, adolescentes e jovens por meio de 20 Escolas Sociais, localizadas em cidades de Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Os alunos atendidos nas Escolas Sociais têm acesso a uma educação de qualidade e gratuita que vai desde a educação infantil até o ensino médio, além de projetos educacionais e pedagógicos que acontecem no período contrário às aulas. https://maristaescolassociais.org.br/