Dia do idoso e os transtornos da terceira idade com problemas auditivos

É fundamental ouvir bem para levar uma vida saudável na velhice

Com o passar do tempo, as células auditivas se degeneram devido ao desgaste natural do corpo. Mas não é só. Hábitos ruins que cultivamos ao longo da vida, como o contato frequente com sons altos e ambientes barulhentos, podem agravar o processo de perda auditiva, que é contínuo. Quanto mais essas células são perdidas, maior é a dificuldade auditiva. E pessoas que não escutam bem podem ter problemas de relacionamento, preferindo o isolamento, que pode levá-las à depressão e até à demência.

Foto de Karolina Grabowska no Pexels

“Ainda percebemos uma forte resistência dos idosos em admitir a perda auditiva. Muitos relutam durante vários anos. Com isso, o convívio em família fica mais difícil. E entre casais, é um fardo pesado para o marido ou a esposa ter de conviver com alguém que finge simplesmente que a dificuldade de ouvir não existe. Por isso, é importante tentar convencer esses idosos a buscar tratamento. E para tal, o tratamento é a adaptação de aparelhos auditivos, que traz melhorias significativas na comunicação e na qualidade de vida”, afirma a fonoaudióloga Rafaella Cardoso, especialista em Audiologia e Vendas na Telex Soluções Auditivas.

O processo de perda auditiva é diferente em cada indivíduo. Depende de vários fatores, inclusive genéticos. No entanto, depois dos 65 anos, a perda auditiva, conhecida como presbiacusia, tende a ser mais severa. Por isso, o melhor é procurar um médico otorrinolaringologista aos primeiros sinais de dificuldade para ouvir.

 

“O uso diário do aparelho auditivo e o apoio da família são essenciais para que o idoso reduza a dependência e resgate a autoestima. Infelizmente, muitas vezes, quando se procura tratamento, o caso já ficou grave. A perda de audição é lenta e progressiva e, com o decorrer dos anos, se não for tratada, atinge um estágio mais avançado”, explica a fonoaudióloga da Telex.

Cabe ao médico otorrinolaringologista examinar o paciente e ao fonoaudiólogo avaliar a audição e indicar qual tipo e modelo de aparelho auditivo é o mais indicado para cada caso.

“Cuidar da saúde auditiva é tão importante quanto cuidar do resto do corpo. E na área auditiva, a tecnologia cada vez mais avançada é uma grande aliada. Os modernos aparelhos auditivos digitais, bem pequenos, otimizam a audição, sem constrangimentos, e facilitam, inclusive, a interação com o mundo virtual, por meio de conexão sem fios com laptops, celulares e outros eletrônicos”, conclui a especialista.

Sintomas que podem indicar os primeiros indícios de perda auditiva:

  • Assistir à TV em volume mais alto do que as outras pessoas da casa, pedindo constantemente para aumentar o som;
  • Não ouvir quando é chamado por uma pessoa que não está à sua frente ou que se encontra em outro cômodo;
  • Comunicar-se com dificuldade quando está em grupo ou em uma reunião;
  • Pedir com freqüência que as pessoas repitam o que disseram;
  • Ouvir as pessoas falando como se elas estivessem sussurrando;
  • Ficar embaraçado ao não entender o que outro diz pelo telefone;
  • Dificuldade em comunicar-se em ambientes ruidosos, como no carro, no ônibus ou em uma festa;
  • Fazer uso de leitura labial durante uma conversa;
  • Família e amigos comentam que você não está ouvindo bem;
  • Se concentrar muito para entender o que as pessoas falam.