A iniciativa “Documenta Pantanal” irá promover, nos próximos meses, uma série de lançamentos. São trabalhos que registram esse ecossistema por meio de fotos, livros e filmes e trazem a assinatura de renomados profissionais, como Ignacio Jiménez-Pérez, Luciano Candisani, Araquém Alcântara e o chef Paulo Machado, por exemplo.
“Estes trabalhos alinham-se aos objetivos do projeto, que ganha novas contribuições com o registro desse bioma por meio de diferentes linguagens estéticas e temas, contribuindo com o objetivo de se atingir públicos os mais distintos, despertando a atenção da sociedade e do poder público para conhecer e preservar este patrimônio do planeta. Assim, o Documenta Pantanal reafirma seu propósito de ser um agente catalizador, um centro de divulgação e documentação pantaneira”, diz João Farkas, um dos idealizadores da iniciativa.
Nesse sentido, foi realizada em Bruxelas (em 23 de setembro), a pré-estreia internacional do documentário “Ruivaldo – O Homem que Salvou a Terra” no Musée des Sciences Naturelles – Institut Royal e Fondo Leopoldo III. Com direção de Jorge Bodanzky e codireção de João Farkas, a obra, com 46 minutos de duração, foi filmada em várias regiões do Pantanal. “Após este evento o filme será exibido em escolas brasileiras e participará de festivais. Além disso, estão previstas duas projeções especiais: uma em Corumbá, em 18 de novembro, na Casa Vasquez, e outra no dia 25 do mesmo mês, em São Paulo (em parceria com a Folha de S.Paulo), às 19h, no Espaço Itaú de Cinema, na Rua Augusta”, antecipa Mônica Guimarães, que também é uma das idealizadoras do Documenta.
Em plena produção, o “Curta Taquari” (título provisório), fotografado e dirigido por Frico Guimarães, é um documentário que acompanha o dia a dia da tripulação do barco “20 de Janeiro”, de Corumbá (MS). Transportando passageiros e mercadorias pelo rio que dá nome à produção, a equipe acompanhou a tripulação no dia a dia de seu trabalho, entregando mercadorias e mostrando a dificuldade de navegação como consequência do assoreamento dos rios, algo que afetou diretamente a locomoção fluvial na região. Este curta-metragem, ainda sem data de lançamento, conta com o apoio da Acaia Pantanal.
Natureza em estado bruto e culinária
No quesito livros, Farkas lançará “Pantanal”. Com 160 páginas e tiragem de 1.500 exemplares, a obra acompanhará as mostras que reúnem imagens captadas pelo autor (como as exposições realizadas em Londres e Bruxelas). O título conta, ainda, com a participação do professor de Ciências Biológicas e Ambientais da Universidade Federal da Grande Dourados, Sandro Menezes Silva.
Outro livro que está em produção/edição é “O Caminho das Águas”, do fotógrafo e documentarista Luciano Candisani, pela Vento Leste Editora. “Meu interesse é mostrar o Pantanal sob o ponto de vista da água. É a dinâmica das águas que determina o ciclo de vida do Pantanal, que, sem as cheias e secas, pode se transformar em outro ambiente. Venho trabalhando há anos com natureza, sobretudo na América do Sul, para produzir imagens que possam evocar a ligação das espécies com o ambiente e sua conservação. Infelizmente, existem ameaças à essa dinâmica das águas na planície. Por isso, meu objetivo é publicar um livro que mostre a importância da água nesse bioma”, diz o fotógrafo. Com 80 imagens e textos de Candisani, o livro ganhará edição bilíngue (português e inglês) e terá tiragem inicial de 3 mil exemplares; o lançamento está previsto para 2020.
“Cozinha Pantaneira”, do pesquisador e chef sul-mato-grossense Paulo Machado, também está a caminho. Mestre em hospitalidade e profundo conhecedor da culinária de sua região, Machado é formado em Direito e Gastronomia, tendo passado uma temporada de experiências no aclamado Institut Paul Bocuse, na França. O livro, em si, celebra a cozinha e a cultura do Pantanal. São receitas, ‘causos’ e fotos tanto dos pratos executados por ele quanto dos lugares aos quais as receitas pertencem. Com produção em andamento, terá 200 páginas e deverá chegar ao mercado em 2020.
Ainda no ano que vem será lançado “Pantanal, Serra do Amolar”, de Araquém Alcântara. Em fase embrionária, o novo trabalho deste renomado fotógrafo resulta de um projeto da Terra Brasil Editora com Lei de Incentivo à Cultura (do Ministério da Cultura), apoio da Rede de Proteção e Conservação da Serra do Amolar e consultoria do Instituto Homem Pantaneiro. Com 240 páginas e edição bilíngue (português e inglês), deverá ser lançado em agosto de 2020, durante a SP Arte. Porém, quem quiser garantir seu exemplar autografado (para entrega no segundo semestre de 2020) pode adquirir pelo site https://serradoamolar.com.br/