A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica, crônica e autoimune, ou seja, as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares. A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM) estima que cerca de 40 mil brasileiros são pessoas com a doença.
Embora a doença ainda seja de causas desconhecidas, a esclerose tem sido foco de muitos estudos no mundo todo, o que tem possibilitado uma constante e significativa evolução na qualidade de vida dos pacientes, geralmente jovens, e de modo especial mulheres de 20 a 40 anos. A Esclerose Múltipla não tem cura e pode se manifestar por diversos sintomas, como por exemplo: fadiga intensa, depressão, fraqueza muscular, alteração do equilíbrio da coordenação motora, dores articulares, disfunção intestinal e da bexiga.
O neurologista Iron Dangoni Filho, especialista que atende no centro clínico do Órion Complex, explica que a Esclerose Múltipla desde 2012 é uma doença diferente. Segundo ele, hoje há tratamentos denominados de alta eficácia e que são modificadores da doença. “Conseguimos hoje fazer tratamento de barreira que impede inflamação e a ocorrência dos surtos, que são os responsáveis pela estigmatização de quem sofre desse problema”, relata.
Antigamente a Esclerose Múltipla era vista como um problema que levaria a sequelas, como o uso de cadeira de rodas. Mas hoje, segundo explica o neurologista, é possível que a pessoa tenha uma vida normal, com qualidade de vida. “Existe muita inovação, inclusive com lançamentos frequentes de medicamentos frequentes, como é o exemplo da Cladribina. O importante é que seja bem indicado, por um profissional com experiência e habilitado. O preconceito deve ser combatido todos os dias e por todos nós”, destaca.