A enxaqueca é uma doença neurológica, genética e crônica cujo principal sintoma é uma latejante dor de cabeça, podendo ser de uma causa primária ou secundária devido a uma doença sistêmica.
“Segundo dados da SBCE (Sociedade Brasileira de Cefaleia), a doença atinge mais mulheres (20%) do que homens (10%). Já a OMS (Organização Mundial de Saúde), classifica a enfermidade como a 6ª entre as mais incapacitantes”, explica o Dr. Custodio Michailowsky Ribeiro, Neurologista da HAS Clínica.
Os principais sintomas da enxaqueca são:
- Lacrimejamento;
- Fotofobia;
- Náusea;
- Vômito;
- Tontura;
- Zumbido no ouvido;
- Sensação de pressão em toda cabeça.
“Também é muito comum as crises serem precedidas por sensações de aparecimentos de pontos pretos e algo parecido como um relâmpago na visão, além de perda de olfato e da visão”, complementa o médico da HAS Clínica.
O Dr. Custódio orienta que a primeira medida a ser tomada pelos pacientes ao perceberem os sintomas é procurarem um especialista, no caso o neurologista. “É muito comum a pessoa “ir deixando” os sintomas de lado até precisar procurar o pronto-atendimento hospitalar, onde serão administradas medicações endovenosas”, diz.
A importância da consulta com o neurologista é que esse saberá identificar alguns sinais como cansaço, bocejar frequentemente, entre outros, e poderá prescrever medicamentos como analgésicos e até alcaloides, antes da crise de dor.
No caso específico das mulheres, que são mais suscetíveis à doença, isso se dá por diversos fatores, entre os quais, a influência hormonal. No ciclo menstrual, quando se alcança altos níveis de estrógenos e de progesterona, o organismo feminino fica predisposto a cefaleias como a enxaqueca.
O diagnóstico se dá por meio de avaliação clínica e, às vezes, são necessários exames laboratoriais e de imagem. Já o tratamento da doença se faz, basicamente, pela mudança de hábitos rotineiros como alimentares, de quantidade de sono (nem muito e nem pouco), atividades físicas e outros. Os medicamentos devem ser administrados criteriosamente pelo médico e sempre acompanhados de avaliações neurológicas.
“Os números confirmam que, aproximadamente, 70% dos pacientes que sofrem da enfermidade têm histórico familiar de enxaqueca. Esse grupo deve ficar mais atento aos sintomas e adotar uma celeridade maior na procura de ajuda especializada”, finaliza o Dr. Michailowsky.