Recursos vão atender empreendedores de atividades rurais e urbanas de 22 municípios da região, sendo 13 de Mato Grosso e nove de Mato Grosso do Sul.
A região da Planície Pantaneira, que abrange partes de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, vai contar com R$ 180,5 milhões do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) para ajudar na recuperação econômica das atividades econômicas produtivas afetadas pela ocorrência de estiagem e incêndios florestais de grande proporção.
O montante foi aprovado pelo Conselho Deliberativo (Condel) da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). A área é elencada como prioritária pela Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), formulada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).
“Estamos criando condições para que os produtores e empreendedores do Pantanal possam recuperar suas atividades no período mais breve possível. É um crédito importante, com condições bastante atrativas, e que vai ajudar na recuperação da atividade econômica da região”, observou o ministro Rogério Marinho.
A medida vai atender empreendedores de atividades rurais e urbanas de 22 municípios da região, sendo 13 de Mato Grosso – Barão de Melgaço, Cáceres, Cuiabá, Curvelândia, Figueirópolis do Oeste, Itiquira, Lambari D’Oeste, Mirassol D’Oeste, Nossa Senhora do Livramento, Poconé, Porto Espiridião, Santo Antônio do Lerveger e Várzea Grande – e nove de Mato Grosso do Sul – Aquidauana, Bodoquena, Corumbá, Coxim, Ladário, Miranda, Porto Murtinho, Rio Verde de Mato Grosso do Sul e Sonora.
“Essa linha vai ser de muita valia para o produtor, que foi tão prejudicado pelo fogo e pela seca em 2020. A Sudeco e o MDR se mostraram presentes para dar esse apoio ao povo pantaneiro, para que ele produza com sustentabilidade” destaca o diretor de Implementação de Programas e de Gestão de Fundos da Sudeco, Renato Lima. “Além disso, também vai permitir que empresários da região possam investir na expansão dos seus negócios”, completa.
O presidente do Sindicato Rural de Corumbá (MS), Luciano Leite, destaca que a criação da linha especial vai possibilitar a recuperação das propriedades danificadas pelos desastres naturais e a implementação de novas tecnologias para aumentar a produtividade. “Corumbá é um município voltado à pecuária, com 2 milhões de cabeças de gado. E essa linha de crédito é uma demanda antiga dos produtores, que dará novo impulso para a nossa região e para a pecuária pantaneira”, afirma.
Os recursos do FCO são administrados pelo Ministério do Desenvolvimento Regional e pela Sudeco e concedidos por meio do Banco do Brasil, aquecendo a economia, gerando emprego e renda na região. Possibilitam o financiamento de projetos para abertura do próprio negócio, investimentos na expansão das atividades, aquisição de estoque e até para custeio de gastos gerais relacionados à administração, como aluguel, folha de pagamento e despesas com água, energia e telefone.