Luto infantil: como falar sobre morte com crianças

*Por Cristiane Assumpção

Vivenciar a dor de perder alguém próximo é uma situação que desencadeia emoções poderosas como tristeza, frustração e até revolta. Nas crianças, a experiência de lidar com a morte pode gerar sentimentos dolorosos como medo, ansiedade, insegurança e culpa. Para oferecer uma abordagem lúdica e sensível sobre o tema, a Matrix Editora lança o livro-caixinha Luto da Criança, assinado pela psicóloga especialista no assunto Cristiane Assumpção.

A maneira como os pequenos convivem com o luto é determinada pelo desenvolvimento cognitivo e emocional de cada fase. Crianças entre cinco e sete anos são mais vulneráveis, por exemplo, pois ainda têm pouca capacidade de enfrentamento. Composta por uma coleção de cartas com perguntas e atividades, a novidade é indicada para a faixa-etária de 7 a 12 anos.

O livro-caixinha também ajudará pais, familiares e profissionais a evitarem simplificações e eufemismos ao abordar a morte de um parente ou conhecido. “Metáforas como ‘virou uma estrelinha’, ‘está no céu’ ou ‘foi viajar’ não são indicadas para falar com as crianças porque elas podem pensar que o ente querido voltará”, explica a especialista Cristiane Assumpção.

Segundo a psicóloga, a melhor maneira de ajudar uma criança enlutada é estar presente, permitir que ela expresse suas emoções, manter a rotina e realizar atividades que estimulem as boas lembranças da pessoa que morreu. Neste sentido, Luto da Criança funciona como uma nova possibilidade para favorecer o amparo e a compreensão aos pequenos que sofrem por uma grande perda.

Cristiane Assumpção é psicóloga, especialista em luto, administradora e fundadora da Inluto Academy