O tema food truck já não é novo, vez por outra, é até cansativo, certo? Porém, nada indica que eles freiem agora, pelo contrário. Chefs que passaram um ano atrás de carrocerias, mecânicos e menus com preços honestos estão a postos para darem a largada e iniciarem uma fase distinta. É aí que se encaixa o Maria Gasolina, uma Ford F100 laranja, de 1967, que começa a circular no dia 20 de dezembro.
O veículo foi totalmente adaptado: ganhou duas geladeiras, um freezer, chapa, fogão, coifa, salamandra, fritadeiras, banho-maria, tanque de água, caixa de detritos e gerador de energia. Transformou-se num restaurante bem equipado sobre rodas.
A infraestrutura completíssima de cozinha consumiu mais de R$ 60 000, mas permite que toda a comida seja preparada ali mesmo, com excelência, com total frescor. “Levamos meses, mas montamos uma estrutura mais completa do que a de muito restaurante”, garante Pedro Bichir, um dos proprietários do Maria Gasolina que junto ao sócio Ricardo Bertoni, elaborou um cardápio dinâmico. “Queríamos um carrão que servisse um comidão, capaz de atrair marias gasolinas existentes e de converter quem quer que comesse nele em novas marias gasolinas”, brinca Bertoni.
Menu
No menu, que será atualizado semanalmente, petiscos como a batata holandesa (frita em formato de xadrez e servida com páprica picante, R$ 15) e a lula crocante (em anéis com salada verde, vinagrete de manga e gergelim, R$ 24); sanduíches como o hambúrguer de fraldinha (150 gramas de carne coberta por um exclusivo blend de queijos, picles caseiro, maionese verde e cebola caramelizada, R$ 22), o de cordeiro (que vem no pão australiano com queijo, tomate e rúcula, R$ 23) e o lax no bagel (120 gramas de salmão defumado servido em bagel com coalhada aromática, cebola roxa e tomate, R$ 26); pratos como o ceviche de peixe fresco ( foto ao lado, servido com o tradicionalíssimo Mandiopã, R$ 29).
Para acompanhar, cervejas especiais (incluindo rótulos da britânica Brewdog) e sucos naturais, assim como uma trilha sonora swingada, com hip hop, funk e soul. Abaixo, foto das batatas criscuits.
De cara, ele percorrerá a Riviera de São Lourenço e, desde já, pode ser contratado para eventos.
Os sócios
Ricardo Bertoni é graduado em comunicação pela PUC-SP, mas migrou para a gastronomia em 2009. Formou-se no Senac São Paulo e especializou-se no instituto de gastronomia e hotelaria César Ritz/DCT, na Suíça. Passou pelas cozinhas do Leopoldo e do Piola até abrir no ano passado o Empório San Martin, loja e restaurante especializados em carnes nobres no bairro de Moema.
Pedro Bichir é formado em hotelaria pelo Glion Institute of Higher Education, na Suíça, e em gastronomia pelo SENAC São Paulo. Depois de passar alguns anos no exterior, voltou em 2010 ao Brasil e se aventurou pelas panelas de casas como Così, Veríssimo Bar e Bardega Wine Bar. Hoje, além do Maria Gasolina, é proprietário da Linguiçaria Paulistana, marca que produz embutidos artesanais.
