*Por Jeferson Cruz
O metaverso pode ser definido como uma proposta de expansão para as tecnologias de internet atuais, sendo assim um futuro da internet. A ideia é fazer com que as pessoas acessem o metaverso por meio de computadores, smartphones, televisores, dispositivos em geral (oculus) além da realidade aumentada (AR), realidade mista, realidade virtual (VR) e tecnologias gerais do mundo virtual como games e afins.
A partir daí é possível notar o quão rápido esses conceitos, de acordo com o desenvolvimento de hardware, software e tecnologia de rede, telecomunicações, moldam e sustentam um mundo dos negócios, atividades industriais e seus estilos de vida pessoais e sociais.
Por outro lado, há muita tecnologia por trás para que tudo isso se sustente e funcione, a citar, a própria infraestrutura de rede como 5G recém-chegado, Big data (Giant data), leitura e captação de dados abertos como mídias sociais, fotos, câmeras de segurança e sensores para ter capacidade de processamento e recriar um ambiente digital do mundo real.
E o GIS (Sistema de Informações Geográficas) está entre as principais tecnologias fundamentais para ajudar na construção desse mundo, assim como na vida real, onde a conotação geográfica faz parte de 99% do dia a dia de uma pessoa (location based). O principal exemplo de uso do GIS é possibilitar uma experiência imersiva do mundo real neste novo universo, ou seja, integrar diferentes modelos de dados 3D, dados de terrenos, imagens, nuvens de pontos, sensores, realidade aumentada ou realidade virtual, prédios e construções, cidades, entre outros. Tudo isso requer a representação geográfica, ou seja, uso de plataforma de localização, para que seja possível recriar um gêmeo digital do mundo real.
Tecnicamente falando, a combinação dos sistemas de informações geográficas com a arquitetura de games permite que sejam inseridos os dados geoespaciais de inúmeras fontes, como dados 3D reais, que são suportados pelo banco de dados espacial GIS. Isso garante a integração e imersão do mundo real e do mundo virtual, através da modelagem de uma realidade mixada, permitindo a experiência do mundo imersivo. Com a ajuda de diferentes tipos de integração de sistemas, esses mapas estão ganhando vida, trazendo o Real-Time, Iot e alavancando IA e ML com dados 3D para apoiar as diversas decisões de diferentes situações específicas de forma e rápida.
Entre os exemplos já reais temos, nos games, o Pokémon Go, e na arquitetura e engenharia o aplicativo que foi desenvolvido para facilitar o trabalho de equipes em campo de empresas de utilities, o vGIS, que combina GIS, BIM e realidade aumentada para gerir todo cadastro subterrâneo de uma cidade inteligente. A expectativa, no entanto, é oferecer ainda mais qualidade nas representações do mudo real. As empresas de GIS já estão prontas para o futuro e continuarão investindo em construir apps para melhor atender as exigências desse novo mercado, trazendo novas experiências e agregando valor aos negócios no metaverso.
Jeferson Cruz é especialista da Imagem Geosistemas