Procedimento queridinho de celebridades e influenciadores digitais ao redor do mundo, o Botox, ou toxina botulínica, como é chamado profissionalmente, é uma substância utilizada em um dos procedimentos estéticos mais procurados atualmente. Sua ação impede que aconteçam contrações musculares temporárias no local em que é aplicado, ajudando a prevenir o aparecimento de marcas de expressão as famosas e indesejadas rugas faciais. Seus benefícios não são somente estéticos, apresentando ampla função medicinal, podendo ser utilizado por pessoas com hiperidrose doença causada pelo suor excessivo de alguma região, salivação descontrolada, bruxismo e até para diminuir, em alguns casos, tremores causados pela doença de Parkinson e espasmos faciais em pacientes que sofreram AVC (Acidente Vascular Cerebral).
“Apesar de muitos acharem que o procedimento paralisa a face, fazendo com que os adeptos percam a expressão facial, a toxina botulínica é utilizada, justamente, para ajudar pessoas que são muito expressivas a evitarem o aparecimento de novas marcas de expressão, causadas pelo movimento excessivo”, explica Dr. Thiago Marra, médico e cirurgião plástico renomado na área que já operou diferentes nomes da internet e artistas renomados, como Luisa Marilac (@luisamarilacc), Victor Nogueira (@euvictornogueira), Robson Calabianqui (@fuinhar), Jaquelline (@jaquelline), Thiago Drudi (@thiagodrudi) e Halessia (@halessia). “Além, é claro, dos casos clínicos, sendo um avanço na medicina ao facilitar e melhorar a vida de muitos pacientes”, complementa.
Apesar do tratamento não ser novidade no mercado, curiosidades e equívocos ainda aparecem na opinião popular. Pensando nisso e em ajudar os interessados a escolherem o procedimento estético certo para o que desejam, o especialista listou quatro mitos e verdades sobre o botox. Confira, abaixo, quais são eles:
1. Botox, na verdade, é o nome de uma marca
Verdade. Botox foi o primeiro produto que contém a toxina botulínica a ser comercializado no Brasil. A marca se tornou de conhecimento popular e, assim como diversos outros produtos do mercado, é um registro e referência quando se fala do procedimento. “Poucos sabem também que é uma substância produzida a partir de uma bactéria que dá nome ao Botox: a Clostridium Botulinum”, conta Thiago.
2. A toxina botulínica é utilizada para preenchimento labial
Mito. Apesar do que muitos pensam, o botox não é utilizado para preenchimento de nenhuma parte do rosto ou do corpo. “A substância utilizada para tal resultado é o ácido hialurônico, que é muito confundido com a toxina botulínica, mas que tem como principal função preencher regiões desejadas, enquanto o botox paralisa alguns músculos faciais, para evitar o aparecimento de rugas”, esclarece o profissional.
3. Qualquer pessoa pode realizar o procedimento estético
Mito. Existem poucas contraindicações para aplicação do botox, entretanto, ainda há exceções. “Uma delas é para pessoas que possuem alergia à substância, mas, o botox também é contraindicado para pessoas grávidas, com infecção no local da aplicação e portadores de doenças autoimunes”, salienta.
4. O botox pode não agir em rugas permanentes
Verdade. A substância é profilática, ou seja, previne o aparecimento de rugas, retardando o surgimento das linhas de expressões faciais, ao paralisar o músculo que realiza o movimento repetitivo que causa essas linhas e marcas incômodas. “Sendo assim, é um tratamento voltado para prevenção e não como remediação, tendo duração de cinco a seis meses, quando a substância deve ser reaplicada na região. Por fim, quanto mais cedo feito, melhor o resultado e menos rugas a pessoa terá no futuro”, finaliza Marra.
Para popularizar o tratamento estético, na próxima terça-feira (12), o cirurgião plástico que conta com mais de 10 anos de carreira na medicina, realiza o “Botox Day”, evento especial voltado para explicação, apresentação e aplicação da toxina botulínica com preços acessíveis, no intuito de democratizar procedimentos estéticos para todos os públicos. “Sempre fui favorável à cirurgias e tratamentos estéticos mais acessíveis para os pacientes. Essa não é uma postura vista com bons olhos por muitas pessoas, inclusive pelos colegas da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, que defendem que o procedimento precisa ser caro e voltado para a classe AA+. Porém, eu acredito que todos merecem se sentir bem consigo mesmos e este evento vem, justamente, para desmistificar isso e tirar dúvidas sobre o procedimento”, explica.