Nova Bianco, em São Paulo, apresenta sorvetes com emoção

Um país das maravilhas onde toda gula é permitida. Assim é a Bianco, uma sorveteria de alma pasticcera. O cantinho no bairro de Perdizes é o novo laboratório de Luciana, confeiteira à frente da Lu Bonometti Biscotti & Dolcezze, nos Jardins, e da Casa Bonometti, em Higienópolis. Ao mesmo tempo, é o espaço de sua irmã Ana Carolina, que ali perpetua lembranças infantis e cria um cenário lúdico preenchido por sabores especiais.

O ponto de partida parece simples: fazer sorvete de excelência para, como manda a forte herança italiana, reunir gente. Porém, a preocupação profunda com tudo o que compartilham torna a pequena operação da Bianco em algo gigantesco.  Economista de formação e confeiteira de profissão, Lu Bonometti é a especialista em biscoitos e a maestra gelatiera que coordena a produção. Carol, por sua vez, administra o negócio e delineia, das formas à combinação de sabores, passando pelo décor instagramável, o que será apresentado.

Para começar, a Bianco é fruto da idealização de uma chef que tem como sua inspiração o universo das suas célebres bolachinhas, que são representadas inicialmente pela irresistível casquinha artigianale da Bianco, passando pelo biscoito de goiabada, que se transforma em gelato e culminando nos cookie sandwiches, que podem combinar cookies triple chocolate com sorvete de fior di latte ou biscoitos de amêndoas com sorbet de morango, formando um sandubinha (R$ 10 cada).

As bases são invariavelmente feitas na casa, à mão, a partir do zero. Nada de corantes, aromatizadores e nem estabilizantes artificiais – o gelato da Bianco é 100% artesanal. As pastas de pistache, avelã e castanha do Pará são preparadas ali e, além de um paladar inconfundível, aportam textura às massas. No caso destas, o strüdel de maçã se apoia numa receita materna, assim como a mousse de maracujá. As frutas, aliás, dão vida a gelatos sazonais e a perfumes especiais, como figo com nozes e merengue com morangos frescos.

A bem dizer, na Bianco, a intersecção entre confeitaria e sorveteria não tem limites. Ali, cada colherada está cheia de camadas: gelatos levíssimos, mordidas de brownie, cremes aveludados, biscoitos amanteigados, caldas naturais e histórias afetivas. “Essa junção é o nosso diferencial e isso fica claro em nossos toppings, como a lasquinha de amêndoas, que é um hit da Lu Bonometti e dá graça e textura aos sorvetes”, explica Carol.  “Nosso gelato é finalizado pela criatividade de nossos clientes, já que eles decidem os sabores dos sorvetes e dos toppings”, complementa.

“Não temos medo de pensar fora da caixa, nem de ser criativo na hora de imaginar os sabores, mas fazemos questão de ter uma história para nos inspirar e, então, de fabricar nosso sorvete do início ao fim”, comenta Lu. Carol complementa: “Uma sorveteria permite reviver o lado guloso e criança em qualquer idade, por isso, além dos gelatos, imaginamos doces que saciem as vontades, sejam verdadeiramente únicos e não custem uma fortuna”.

Nesse sentido ainda, à parte copinhos (de R$ 12 a R$ 16) e casquinhas (R$ 13 ou R$ 14 com fundinho de chocolate), as sobremesas reforçam essa doce fusão, seja no caso do gelatostex (mix quente e frio de brioche, sorvete e topping, R$ 15) ou bolo do dia com gelato (R$ 11), por exemplo. A degustação, vale mencionar, pode ser complementada por bebidas quente e geladas (uma delas é o notmilk shake, sorvete sem leite e leite vegetal, R$ 16). Além disso, é possível levar as criações para casa. Há embalagem de 400 ml (R$ 39 com um único sabor), de 600 ml (R$ 59 com até três sabores) e de 1200 ml (R$ 89 com três sabores), que podem acompanhar casquinhas (R$ 1 a unidade) e toppings (R$ 10 o kit com três tipos). 

Sobre a Bianco

Sucesso à parte, a loja de biscoitos nos Jardins e a boulangerie de charme em Higienópolis sempre deixaram em Lu Bonometti uma lacuna – o desejo de fazer sorvete. Há seis anos, a confeiteira-economista formou-se na Universidade Carpegiani Gelato, em Bolonha, na Itália, contudo, ainda não tinha tido a chance de colocar a expertise na prática. Carol, por sua vez, deixara a área de marketing das agências para mergulhar no negócio fraternal e sempre assuntava a possibilidade de vender casquinhas incríveis.

Finalmente, as irmãs realizam o sonho: compraram a sorveteria de bairro do primo (a antiga Gatamelatta), fizeram um mergulho colorido e divertido nas memórias afetivas e criaram um cantinho onde cada gelato reflete isso. Juntas, elas controlam todos os aspectos do processo produtivo e se dão a liberdade de adicionar toques pessoais a cada sabor, de forma que, em sua novíssima Bianco, os sorvetes são mais do que doçuras, são emoções.