Em Porto de Galinhas, mãos habilidosas transformam escamas de peixe em lindos lustres e pétalas de arranjos florais. Criam colares, pulseiras e brincos a partir de sementes e conchas. Entalham a madeira com figuras de seres marinhos. Eternizam o símbolo da cidade, a galinha, usando os mais diversos materiais, como tecido, cerâmica, coco, papel machê, cabaça, raiz, garrafa, barro, palha e biscuit, entre outras matérias-primas.
“Os criativos artesãos mantêm vivo o espírito do povo de Porto de Galinhas e fazem do destino um cenário multiforme e colorido”, destaca Otaviano Maroja, presidente da Associação dos Hotéis de Porto de Galinhas (AHPG), que apoia o trabalho e a iniciativa desses artesãos. A entidade, assim como o poder público e a iniciativa privada, posiciona o artesanato como um dos pilares do turismo e da economia local. Parte dessas verdadeiras obras-primas, inclusive, estão presentes no livro de iconografia recém-lançado pela entidade, em parceria com o Sebrae.
A Vila de Porto, bem no centro e de frente à praia, concentra as lojas, feirinhas e muitos artistas de rua. O galináceo que batiza o município de Ipojuca é a musa inspiradora de diversos enfeites e está presente por toda a região, em todas as formas, tamanhos e preços. Há até galinhas gigantes, com 1,60 m de altura, uma espécie de Cow Parade nativo e intitulada como Chicken Parede, alvo de incansáveis cliques dos turistas.
Depois da praia, passear pelos bares, cafés e restaurantes da vila é programa obrigatório, nem que seja apenas para apreciar o festival de cores e formas da cultura de Porto de Galinhas.