Oito motivos para se animar com a Paraolimpíada no Rio

O atleta paralímpico Alan Fonteles Oliveira conquista a medalha de ouro nos 200m na Paralimpíada de Londres-2012 (Gareth Copley/Getty Images)

Oito motivos para se animar com a Paraolimpíada no Rio

Menos filas, ingressos baratos e a chance de ver de perto ídolos nacionais e estrangeiros do esporte paralímpico estão entre os atrativos para os Jogos

A Olimpíada do Rio de Janeiro acabou e foi, de fato, um sucesso. Caiu nas graças dos brasileiros, dos gringos e deixou os cartolas extasiados. A saudade fica, mas de 7 a 18 de setembro a cidade abre espaço para outro colossal evento esportivo: a Paralimpíada, destinada a atletas deficientes físicos e mentais.

A expectativa do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) em superar o quadro de medalhas da Paralimpíada de Londres-2012 (o melhor desempenho nacional em toda a história na competição), os ingressos menos “salgados” e a chance de ver em casa os melhores esportistas nacionais e internacionais são alguns dos atrativos dos primeiros Jogos Paralímpicos sediados na América do Sul. Confira esses e outros fatores que fazem da competição um evento imperdível:

1. Menos filas e mais ingressos

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A tendência para os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro é que seja um evento menos cheio, em comparação com a Olimpíada, já que até agora nem metade dos ingressos foram vendidos. Portanto, a expectativa é de menos filas. O preço baixo dos ingressos é outro atrativo: para os eventos esportivos, os ingressos vão de 10 a 130 reais (incluindo finais). Para a abertura e encerramento, os ingressos são mais caros: de 100 a 1.200 reais.

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Nos 56 anos de existência dos Jogos Paraolímpicos, o Brasil nunca teve uma expectativa tão grande de conquistar o maior número de medalhas possíveis. Com uma delegação de 279 atletas, pela primeira vez o país terá representantes em todas as 23 modalidades, de acordo com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

3. Retrospecto Favorável

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Nos últimos dois grandes eventos, os atletas brasileiros se destacaram diante do mundo. Na última Paralimpíada, em Londres-2012, o Brasil ficou na sétima posição no quadro de medalhas e conseguiu alcançar o maior retrospecto nacional na história dos Jogos, de acordo com o critério de quantidade de medalhas de ouro: foram 21 primeiros lugares no total, contra 14, em Atenas-2004, e 16, em Pequim-2008. E nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no ano passado, a delegação brasileira deu show, liderando no final o quadro de medalhas da competição, com impressionantes 257, sendo 109 de ouro, 74 de prata e 74 de bronze. Somados, Canadá e Estados Unidos (segundo e terceiro colocados, respectivamente ) ficaram com 90 ouros.

4. Natação dourada

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A natação é, assim como na Olimpíada, uma das modalidades obrigatórias para quem pretende um pódio brasileiro nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. Nas piscinas do Parque Aquático, mais uma vez André Dias – o maior medalhista paraolímpico brasileiro – promete ser a estrela. Só ele, tem 15 medalhas em Paralimpíadas, sendo 10 de ouro, e já foi eleito o melhor paratleta do mundo por três vezes (2009, 2013 e 2016) na premiação do Laureus, o “Oscar do esporte”.

5. A despedida de um mito

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Os Jogos Paralímpicos de 2016 marcarão a despedida de um veterano na delegação brasileira, o nadador Clodoaldo Silva. Dono de 13 medalhas nos Jogos, o potiguar de 37 anos, apelidado de tubarão paralímpico, participará de sua quinta e última Paraolimpíada – logo com o apoio da torcida brasileira e mais chances de medalha.

6. Atletismo: garantia de sucesso

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A modalidade que mais rendeu medalhas ao Brasil em toda a história dos Jogos Paralímpicos, com 109 pódios, definitivamente é uma das esperanças de domínio brasileiro ao lado de outras potências paralímpicas. Os principais responsáveis pelo sucesso recente do país nas provas do atletismo são Terezinha Guilhermina, maior velocista cega do mundo e dona de seis medalhas nos Jogos, e Alan Fonteles, que chocou o público presente no Estádio Olímpico de Londres, na última edição da Paralimpíada em 2012, ao bater o então favorito Oscar Pistorius nos 200mrasos e conquistar a sonhada medalha de ouro.

7. Estrelas internacionais

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Estar no Rio de Janeiro durante os Jogos Paralímpicos é a chance, talvez única, de ver as grandes estrelas internacionais. Quem não ficaria encantado ao ver a estrela americana Tatyana McFadden, campeã olímpica no atletismo, ou o sueco Jonas Jacobsson, de 51 anos, em sua 10ª participação nos Jogos tentando aumentar sua coleção de 17 medalhas de ouro? Quem também estará na capital carioca é o ex-piloto de Fórmula-1, Alex Zanardi, que ao ter amputadas suas pernas passou a se destacar no ciclismo de estrada, tendo conquistado em Londres-2012 dois ouros e uma prata.

8. Clássico do vôlei sentado

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Os espectadores poderão ver um dos maiores clássicos recentes dos Jogos Paralímpicos. Logo na fase de grupos, as seleções de Bósnia e Irã, a maior rivalidade do vôlei sentado, se enfrentarão. Os países disputaram a medalha de ouro nas últimas quatro edições dos Jogos e, novamente, são cotados para o pódio.