A reabertura de parques e academias motivou muita gente a voltar a praticar atividades físicas depois de longos meses de sedentarismo durante a quarentena. Uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com a Unicamp e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), revelou que 62% dos entrevistados interromperam a rotina de exercícios durante os meses de total isolamento.
Para perder os quilos ganhos durante a quarentena, muita gente voltou a se exercitar, mas o resultado nem sempre pode ser o melhor, sair da inércia é um desafio. “Depois de ficar muito tempo parado, perdemos massa magra e temos um aumento do tecido adiposo. Esse ganho de peso altera o centro de gravidade do corpo e afeta estruturas como músculos, cartilagem articular e os ligamentos, comprometendo a prática de atividade física e aumentando os riscos de dores e lesões”, explica o fisioterapeuta e phD em Neuroanatomia, Mario Sabha.
O especialista afirma que o ganho de peso faz com que a pessoa sedentária evite movimentos e isso leva a um encurtamento dos músculos, prejudicando a prática dos exercícios e alongamentos. Por isso, a retomada das atividades deve ser feita de forma gradual, com exercícios mais leves e com acompanhamento de um profissional de educação física e um fisioterapeuta que consiga ajudar o corpo a reconhecer os movimentos e esforços que ele vai fazer sem provocar lesões, especialmente nas primeiras semanas. “Esse profissional fará uma reeducação que contemple a força muscular e todos os alinhamentos posturais e alinhamentos específicos na coluna, feitos de vértebra em vértebra”, diz.