Estudos ainda não estabeleceram de forma consistente uma relação de causa e efeito, mas o consenso é que o álcool pode contribuir para o ganho de peso.
Embora o consumo responsável de bebidas leves a moderadas possa enriquecer as experiências sociais e culinárias, o álcool também pode prejudicar as tentativas de perder peso.
Segundo a nutricionista Adriana Stavro, pesquisas atuais mostram que as calorias consumidas com bebidas alcoólicas é um acréscimo as de outras fontes dietéticas, levando a um consumo excessivo de curto prazo quando álcool é consumido. Na verdade, a bebida alcoólica ingerida antes ou junto as refeições, tende a aumentar a ingestão de alimentos, provavelmente devido os efeitos recompensadores momentâneos dos alimentos.
• Estudos confirmam que a ingestão de álcool estimula abruptamente a alimentação e se correlaciona positivamente com a obesidade.
O álcool, além de ser uma fonte de calorias vazias, o que significa que aumenta sua ingestão calórica, mas não fornece nenhum nutriente, ele é o segundo “alimento” mais calórico (7 kcal por ml) ficando atras apenas da gordura (9kcal p/g), ele ainda estimula em vez de inibir a fome. Explicações populares para comer em excesso induzido pela bebida, incluem uma perda de autocontrole levada pelo consumo de álcool.
Acredita-se que neurônios hipotalâmicos que expressam o neuropeptídeo Y (NPY) e a proteína relacionada a AgRP no núcleo arqueado do hipotálamo sejam reguladores do comportamento alimentar e do peso corporal. Os neurônios Agrphipotalâmicos que são normalmente ativados pela inanição e estimulam a fome, exibem hiperatividade elétrica e bioquímica na exposição a doses de etanol em fatias cerebrais.
Dito isto, fica fácil deduzir que será difícil até mesmo para o mais fanático por alimentação saudável, lutar contra o impulso de comer quando estiver alcoolizado. O álcool diminui as inibições da fome e pode levar a más escolhas especialmente quando se trata de escolhas alimentares.
• Um estudo de 2017, mostrou que os ratos que receberam etanol durante um período de três dias, demonstraram um aumento significativo na ingestão de alimentos. Este estudo sugere que o álcool pode realmente desencadear sinais de fome no cérebro, levando a um desejo maior de comida.
Bom, depois disso só nos resta aceitar, as calorias das bebidas contam. mas eu sei que, excluir completamente o álcool, é difícil.Então minha sugestão além de muita moderação é tentar fazer as melhores escolhas.Vamos lá…
• O que determina o número de calorias de um drinque é seu teor alcoólico (etanol) e se há carboidratos em sua preparação. Por si só, o etanol tem 7 Kcal p/ml, e isso é apenas o álcool. Então é preciso considerar o que mais será adicionado em sua bebida.
• Portanto, evite coquetéis sofisticadas, com bebidas açucaradas adicionadas como suco de frutas, refrigerantes, xarope de milho, licor,energéticos. Estas misturas são populares, especialmente em drinks com um toque exótico, porém, tudo isso acrescenta ainda mais calorias.
• Prefira ervas frescas (alecrim), especiarias (canela, anis estrelado), frutas (morango, limão, laranja), vegetais (aipo, salsão) e sais aromatizados que adicionam aroma e sabor com baixo teor calórico.
• Outra opção é um drink com toque de vegetais. Derrame sucos de couve, aipo, espinafre ou pepino sobre gin, tequila ou vodka com muito gelo. Eles são ricos em nutrientes e têm poucas calorias.
• Cuidado com o GIN!!!! Embora seja considerado uma opção mais “amigável”, lembre-se, o que determina o número de calorias é o teor alcoólico (etanol) (7 kcal por ml) da bebida. O gin, para ser considerado gin, deve conter pelo menos 37,5% de álcool puro no volume total de líquido. Portanto, 100ml de gin tem 37,7 ml de etanol (mínimo) x 7 = 262,5kcal. Isso sem considerar as misturas. Uma água tônica normal pode adicionar cerca de 28 gramas de carboidrato somando 112 Kcal. Uma opção semelhante, mas menos calórica, éa versão 0Kcal ou água com gás.
• Uma alternativa para diminuir o consumo, é alternar bebidas alcoólicas com água, esta é uma técnica muito aconselhável, pois ajudará significativamente a neutralizar o efeito de desidratação da bebida.
• Evite beber com o estômago vazio. É recomendável fazer uma refeição leve e saudável antes de beber. Além disso, ao consumir alguns alimentos entre as bebidas, ajudará a retardar a absorção do álcool. Uma boa nutrição ajuda a apoiar o funcionamento do seu fígado, o que desempenha papel fundamental não apenas ao beber álcool, mas à saúde de forma geral.
• Estabelecer limites para o consumo e usar copos pequenos, é importante para evitar excessos.
• Por fim, beber álcool em demasia, tem efeitos duradouros, que o impedirão de realizar funções normais com eficácia, em particular, sua concentração e memória. Após uma noite de bebedeira, beba bastante água e chás ao longo do dia para eliminar as toxinas e restaurar seus níveis de hidratação. As soluções eletrolíticas e as bebidas reidratantes contêm sódio e potássio que são perdidos durante o consumo de álcool. Uma boa opção é a água de coco. Rica em sódio, potássio, sais minerais e magnésio, que ajudam na hidratação do corpo.