Vacina contra a Covid-19: sites fraudulentos simulam cadastro para roubar dados pessoais

Site de phishing criado para roubar senhas de contas de e-mail corporativo

Desde o início da semana, especialistas da Kaspersky encontraram domínios de phishing explorando o tema.

A corrida pela vacinação contra a Covid-19 começou nesta semana no Brasil. Com ela, uma outra jornada tem movimentado o mundo do cibercrime: golpistas tentam se aproveitar da ânsia pela nova imunização para roubar credenciais de vítimas e aplicar fraudes pela internet.

Desde segunda-feira, a equipe de investigação e análise da Kaspersky tem encontrado sites fraudulentos que tentam simular um pré-cadastro para a vacinação. A tática é bastante conhecida: o phishing. Segundo Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky, esses domínios fazem parte de campanhas que já estão sendo articuladas, e que começarão a disseminar mensagens solicitando a inscrição por meio desses sites.

“Sempre que há um tema crítico e que desperta atenção, o cibercrime rapidamente busca alternativas para tirar proveito deles. Vimos isso no começo da pandemia, quando houve uma corrida por máscaras e álcool-gel, e vemos o mesmo sendo feito no momento das vacinas”, conta o especialista .

Um dos sites identificados pede que o usuário inscreva o e-mail e a senha para iniciar o seu cadastro. Com essas informações, os hackers conseguem acessar a conta da vítima e aplicar uma série de outros golpes em cima dela. “Como muitas pessoas costumam utilizar a mesma senha para várias contas, os criminosos podem invadir uma série de outros serviços por meio desses dados”, alerta Assolini .

 

Brasileiros entre as maiores vítimas de phishing

De acordo com o relatório recente publicado pela Kaspersky, os brasileiros estão entre os principais alvos de phishing no mundo. Cerca de um a cada nove usuários de internet do País (11,6%) acessaram, de julho a setembro passados, ao menos um link que direcionava a páginas maliciosas. O índice está bem acima da média mundial – 7,67%, no mesmo período – e coloca o Brasil como um dos países com maior proporção de usuários atacados.

Para se proteger dos ataques de phishing, os especialistas da Kaspersky aconselham que os usuários tomem algumas precauções:

• Sempre verifiquem o endereço do site para onde foi redirecionado, endereço do link e o e-mail do remetente para garantir que são genuínos antes de clicar neles, além de verificar se o nome do link na mensagem não aponta para outro hyperlink;

• Não cliquem em links contidos em e-mails, SMS, mensagens instantâneas ou postagens em mídias sociais vindos de pessoas ou organizações desconhecidos, que têm endereços suspeitos ou estranhos. Verifiquem ainda se são legítimos e, mesmo que comecem com ‘ https‘, é necessário duvidar, pois muitos sites falsos podem exibir o cadeado de segurança;

• Se não tiver certeza de que o site da empresa é real e seguro, não insira informações pessoais;

• Analisem cuidadosamente as URLs das páginas com formulários que solicitam dados confidenciais. Se o endereço consiste em um conjunto de caracteres sem sentido ou a URL parece suspeita, não finalizar o pagamento;

• Usem uma solução de segurança comprovada com tecnologias antiphishing baseadas em comportamento. Ela permitirá a identificação até dos golpes de phishing mais recentes, que ainda não foram incluídos nos bancos de dados antiphishing.

Para mais informações sobre ataques de phishing, acesse o blog da Kaspersky.