*Por Gustavo Polidoro
Os aditivos são a parte mais precisa e delicada do traço de concreto. Se não forem adicionados na sequência e dosagem correta, podem não surtir o efeito desejado, ou ainda pior, seu período de eficácia pode ocorrer muito cedo ou muito tarde, o que pode ser prejudicial ao concreto. Dessa forma, as informações mais adequadas para dosagem, sequenciamento, armazenamento e uso bem como eventuais incompatibilidades devem ser listadas nas fichas técnicas dos produtos pelos fabricantes e verificadas no estudo de traço.
As taxas de dosagem de aditivos variam em função do tipo e quantidade de ingredientes ativos no traço de concreto. Alguns materiais como cinzas volantes, sílica ativa, pozolanas e escória no cimento podem afetar a dosagem de aditivos necessária para cumprir os requisitos estabelecidos no traço e assim atingir as propriedades desejadas no estado fresco e endurecido do concreto.
Diante de todo o exposto, a “dica de ouro” é seguir as orientações do fornecedor. Entretanto, alguns procedimentos são fundamentais:
- Quando forem utilizados dois ou mais aditivos, recomenda-se que sua adição seja feita separadamente, seguindo a sequência de dosagem determinada em ensaios de laboratório;
- Os aditivos redutores de água devem ser adicionados após o cimento estar umedecido na mistura;
- Especial atenção com relação à conversão de massa para volume no momento da dosagem do aditivo;
- Cuidado na manutenção e calibração dos equipamentos de dosagem do aditivo e de mistura do concreto e/ou argamassa;
- Atenção aos tempos de mistura indicados pelos fornecedores de aditivos e de equipamentos de mistura;
Cada traço de concreto pode contar com agregados e cimentos de diferentes origens, que podem apresentar diferentes interações com os aditivos, portanto, é fundamental manter a consistência nos processos para obter o mínimo de variação durante a dosagem.