Cinco regras de ouro para um verão seguro

Cinco cuidados essenciais para quem já teve câncer de pele se proteger no verão. Foto: Pexels

Imagine a cena: você já tratou um câncer de pele, recebeu o “tudo resolvido” do médico e voltou à vida normal. Mas conforme o verão chega, com temperaturas mais altas e sol mais forte, vem a dúvida silenciosa: e agora, como evitar que o problema volte?

O câncer de pele é o mais frequente no Brasil. Representa 30% de todos os tumores malignos registrados, segundo dados do governo federal. A taxa de cura ultrapassa 90% quando o problema é identificado cedo, mas quem já enfrentou a doença precisa manter cuidados contínuos, sobretudo com a chegada do verão e das altas temperaturas.

Especialistas alertam que muitos pacientes acreditam que, após a cirurgia ou o tratamento, não há mais risco. Mas o sol intenso deste período, somado à exposição prolongada, aumenta as chances de surgirem novas lesões.

A seguir, a Dra. Carolina Nery, médica com capacitação em dermatologia há 14 anos e proprietária da Clínica da Cidade, lista cinco medidas importantes para quem já teve câncer de pele evitar reincidências.

1. Manter o uso diário de protetor solar, mesmo após o tratamento

A médica afirma que um erro frequente é acreditar que, depois da retirada da lesão, o problema está resolvido.

“Quem já teve câncer de pele tem maior risco de novas lesões. O uso correto do protetor solar, tanto facial quanto corporal, é indispensável todos os dias”, explica.

A proteção deve ser reaplicada a cada três horas em áreas expostas.

A proteção solar deve ser reaplicada a cada três horas em áreas expostas. Foto: Pixabay

2. Entender que o risco depende do tipo de tumor retirado

Lesões como carcinoma basocelular e espinocelular não costumam retornar quando são totalmente removidas com margens de segurança confirmadas por biópsia.

Mas isso não elimina a possibilidade de outros tumores surgirem. Segundo a médica, o risco é maior entre pessoas brancas, com histórico de exposição solar ao longo da vida e, principalmente, acima dos 40 anos.

Mas isso não elimina a possibilidade de outros tumores surgirem. Foto: pexels

3. Observar feridas que não cicatrizam

A recomendação é procurar o dermatologista sempre que alguma lesão persistir por mais de um mês. “Machucados que não melhoram, áreas sangrantes, pele mais fina com vasos aparentes ou coceira leve contínua são sinais de alerta”, diz a especialista. A avaliação precoce reduz o risco de complicações.

4. Reforçar proteção física em praia, piscina e áreas abertas

Além do protetor solar, o uso de acessórios faz diferença. A médica recomenda chapéus, óculos escuros com proteção UV e roupas com tecido UVA/UVB, especialmente em ambientes de sol forte.

“Esses itens complementam a proteção e ajudam a diminuir a chance de novas lesões”, afirma.

Além do protetor solar, o uso de acessórios faz diferença. Foto: Pixabay

5. Transformar o cuidado com a pele em rotina permanente

Criar um hábito consistente de proteção solar é essencial, segundo a dermatologista. “Protetor solar precisa virar estilo de vida. Não pode ser usado apenas em momentos específicos”, diz.

Para ela, a maior conscientização nas redes sociais tem ajudado mais pessoas, especialmente jovens, a incorporar cuidados diários. “O protetor solar também é um antienvelhecimento. A nova geração entende isso e está mais preocupada com saúde e estética”, conclui.