Você sabe o que é o glaucoma?

aa2d32e55ae607c78e7b1f1c9370ebd7-620x330

O glaucoma é uma doença que não tem cura e pode levar à cegueira.  Atualmente, o acompanhamento médico permite que o paciente tenha uma visão útil por um longo período.

De acordo com a Dra. Daniela Fairbanks, oftalmologista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, a doença é conhecida como hipertensão ocular e implica em três fatores principais e concomitantes: alteração do nervo óptico, com alteração do campo visual e da pressão ocular. A pressão normal do olho varia entre 10mmHg a 21mmHg e valores maiores do que este já indicam que algo não vai bem.

A alteração do nervo óptico causa a perda do campo visual periférico. Com o tempo, o paciente vai ficando só com a visão central. Mas como a redução da visão periférica é lenta e gradativa, em muitos casos, a pessoa chega ao médico quando o nervo já está alterado.

Dra. Daniela ressalta a importância de visitar um oftalmologista regularmente. “É possível diagnosticar o glaucoma numa consulta de rotina básica, que é composta pela medida da pressão do olho, pela medida da visão e pelo exame de fundo de olho, que analisa o nervo óptico. Em caso de alteração, pede-se exame do campo visual para confirmar a patologia”, explica Dra. Daniela. Quando o paciente não tem o hábito de passar em consultas com o oftalmologista, o diagnóstico pode vir tarde demais. “O paciente não consegue recuperar o que perdeu. O tratamento tenta segurar o que ficou”, afirma.

O fator genético é muito relevante nos casos da doença. O glaucoma secundário é decorrente de problemas como uveítes, cataratas e até acidentes.

Há dois tipos de glaucoma:

Ângulo aberto: é crônico, representa cerca de 80% dos casos, e costuma ocorrer em pessoas acima de 40 anos. Pode ser assintomático e, por este motivo, demorar para ser diagnosticado.

Ângulo fechado: o paciente pode viver sem os sintomas, mas também pode sofrer de uma crise aguda, com dores, fotofobia e apresentar o olho vermelho. Dores de cabeça podem acompanhar a dor ocular.