Atividades físicas aeróbicas e de fortalecimento proporcionam melhora da saúde e qualidade de vida aos diabéticos
O Dia Mundial da Diabetes celebrado em 14 de novembro alerta para a prevenção e controle das complicações causadas pela doença, que afeta cerca de 13 milhões de brasileiros, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).
Caracterizada pela ausência, produção insuficiente ou baixa sensibilidade de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue, a diabetes tem o exercício físico como um dos pilares para o seu tratamento. Mas para isso, é necessário fazer no mínimo 150 minutos semanalmente, associando exercícios de fortalecimento com aeróbicos. “Tanto atividades físicas quanto nutrição fazem parte do tratamento de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e dislipidemias”, conta Gustavo Souza, profissional de educação física do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF) das Unidades Básicas de Saúde Jardim Lídia e Maracá, gerenciadas pelo Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” (CEJAM).
Os exercícios auxiliam na captação da glicose e intensificam a ação da insulina para controlar o nível de açúcar no sangue. “É importante medir a glicemia antes de iniciar a atividade física. Caso esteja baixa, a prática do exercício pode baixar ainda mais, causando hipoglicemia, que é uma baixa concentração de glicose no sangue, levando a tontura, visão turva e palpitações”, alerta o profissional.
Independentemente da aplicação de insulina, as atividades físicas ajudam na captação do açúcar em até 2 horas após o exercício e melhoram a sensibilidade à ação da insulina por até 48 horas. “O ideal é que a atividade seja de moderada a intensa e que não tenha um intervalo maior que dois dias. Em casa, é possível fazer exercícios de fortalecimento, como agachamento, flexão e abdominal, usando o próprio peso do corpo e aeróbicos como corrida no lugar, polichinelo e pular corda”, exemplifica Souza, que recomenda estabelecer os exercícios conforme o condicionamento físico da pessoa, com orientação de um profissional e a recomendação do médico.
A população ainda pode contar com o Programa de Automonitoramento Glicêmico (PAMG), do Sistema Único de Saúde (SUS), que está presente em todas as Unidades Básicas de Saúde. O programa oferece monitoramento dos pacientes em tratamento para diabetes, com apoio no diagnóstico da doença, assim como na oferta de aparelhos e insumos necessários para acompanhamento da doença. Nas UBS gerenciadas pelo CEJAM no Jardim Lídia e Maracá, o paciente conta ainda com auxílio psicológico, físico ou nutricional. “Por conta da pandemia, temos oferecido assistência por telefone estimulando a prática de atividades físicas em casa ou em espaços sem aglomeração”, conclui.
Sobre o CEJAM
O Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” (CEJAM) é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos. Fundada em 1991, a instituição atua em parceria com prefeituras locais, nas regiões onde atua, ou com o Governo do Estado, no gerenciamento de serviços e programas de saúde nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes, Itu, Osasco, Embu das Artes, Cajamar, Campinas, Carapicuíba, Franco da Rocha, Guarulhos, Santos e Francisco Morato.
Com a missão de ser instrumento transformador da vida das pessoas por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde, o CEJAM é considerado uma Instituição de excelência no apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS). O seu nome é uma homenagem ao Dr. João Amorim, médico obstetra e um dos fundadores da entidade.