* Carlos Dorlass
As escolas gastam uma boa quantidade de tempo e dinheiro preparando-se para um projeto futuro com métodos antiquados. Continuam a investir nas últimas tecnologias e sistemas, mas como todos sabemos, a tecnologia é apenas um facilitador. São os professores que operam o equipamento e que nos dão vantagem em relação as outras escolas, e isso demonstra que é preciso ajudar esses profissionais a se desenvolverem.
Olhe todas as pesquisas e dados apresentados nos últimos seis anos: os resultados são preocupantes. Verificamos que aproximadamente 35% dos estudantes que entraram na escola não foram até o fim. Embora a maioria deixasse a escola por questões de aprendizagem, o pior de tudo: os grandes talentos são os primeiros a sair. Considerando que são necessários milhões de reais para captar um aluno e mais dezenas de milhares em custos adicionais em treinamento de equipes, estrutura física e contratações, o preço desse desgaste para a escola é desconcertante. E isso é apenas o começo, uma vez que os que saíram e foram acolhidos em outras instituições fazem publicidade negativa para os outros, tornando mais difícil captar novos estudantes.
Os alunos que deixam uma instituição, na realidade deixam os seus professores e gestores.
O que fazemos?
O que todos os líderes têm em comum é o desafio de obter o máximo da sua equipe, e isso depende de três variáveis: as necessidades dos líderes, o clima organizacional e a competência potencial da equipe.
Os gestores devem liberar os seus colaboradores para desenvolver os seus talentos ao máximo. No entanto, a maioria dos obstáculos que limitam o potencial das pessoas é provocada pelo gestor e está enraizada nos próprios medos, nas necessidades do ego e em hábitos improdutivos. Quando os gestores examinam profundamente os seus pensamentos e sentimentos para entender a si mesmos, pode acontecer uma verdadeira transformação.
O nosso trabalho como gestores é transformar os professores em especialistas em educação e precisamos moldá-los para se tornarem profissionais plenamente capazes de servir a escola. Devemos aproveitar o potencial que nunca foi reconhecido por gestores que nos antecederam e que tinham uma outra formação.
Os gestores atuais devem estar dispostos a colocar o desempenho do Colégio adiante do seu ego, o que para algumas pessoas pode ser mais difícil do que para outras. Quanto mais se abre mão do controle, mais comando temos.
O lema do seu Colégio deve ser: O que eu quero do Colégio?
E lembre-se que: A escola também é sua? E se a escola é minha, preciso elaborar um planejamento claro, conciso, coerente e consistente.
Comece: O que quero? Por que eu quero? Como o farei?
Queremos oferecer o melhor ensino para a nossa comunidade. Porque desejamos garantir que essa geração e as futuras, sejam capazes de atender a necessidades de si e dos outros.
Faremos uma aliança robusta com todos os departamentos e segmentos e iremos planejar cada etapa e elaborar a trilha para alcançar a meta.
Vamos tentar?
* Carlos Dorlass é Diretor Geral do Colégio Marista Arquidiocesano, localizado em São Paulo (SP).