O mês de dezembro movimenta ações internacionais de enfrentamento da AIDS, que constitui já um acontecimento anual na maioria dos países. O objetivo é de ressaltar os cuidados com a saúde das pessoas infectadas por HIV e das doenças da AIDS, é um momento de sensibilização ao tema e de se informar mais.
O evento contra a Infecção por HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) tem um papel essencial para que as pessoas acessem e mantenham contato com os serviços de saúde, realizem exames ou busquem medidas que possam impedir que contraiam ou transmitam a doença. “O Dezembro Vermelho é uma campanha nacional no Brasil voltada para a prevenção ao HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis. O mês se tornou importante para falar sobre prevenção, promoção a saúde de pessoas que vivem com HIV, conscientização sobre o tema que ainda é de grande tabu para a sociedade”, diz o professor do curso de Medicina da Uniderp, farmacologista Leandro Antero.
O especialista ressalta que já há tratamento eficaz para que as pessoas que contraíram HIV levem uma vida saudável. “Os tratamentos atuais garantem uma diminuição significativa de cópias virais do HIV, levando a um estado que chamamos de Indetectável = Intransmissível (I=I), ou seja, a carga viral indetectável não transmite o vírus por via sexual”, diz o especialista. Como forma de melhorar o acesso às medidas preventivas, obter informações e o suporte que precisam para uma vida normal, é preciso sensibilizar a população, “em especial aqueles mais jovens e os mais vulneráveis”, complementa.
Atualmente existem 38 milhões de pessoas no mundo vivendo com HIV. O tratamento permite que as pessoas infectadas vivam vidas longas, garantindo que seu sistema imunológico permaneça saudável. Entretanto, muitas pessoas que contraíram HIV permanecem sem diagnóstico, sem tratamento consistente e, como resultado, a doença avança. Em 2019, foram 1,7 milhão de novos infectados pelo HIV no mundo. No Brasil há 766.000 mil pessoas vivendo com a enfermidade, dado de 2018.
Uma das principais causas de morte entre pessoas com HIV é a tuberculose. Os cuidados desde os primeiros sintomas da doença e o início precoce do tratamento podem melhorar a saúde das pessoas infectadas. Outras coinfecções comuns por HIV incluem hepatite B e C em algumas populações.
A infecção pode resultar em uma série de problemas de saúde. À medida que as pessoas envelhecem, as doenças não definidoras da AIDS estão se tornando mais comuns. Isso inclui doenças cardíacas, câncer e diabetes.