A prevenção e o diagnóstico precoce são fatores primordiais quando se fala em câncer de intestino que abrange os tumores na parte do intestino grosso, reto e ânus. A doença tem alta taxa de cura, superando 90% quando descoberta logo no início.
De acordo com a proctologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Maristela Almeida, esse tipo de doença se manifesta incialmente por meio de estruturas benignas, classificadas como pólipos, que podem se transformar em câncer. “Por isso é tão importante pensarmos em prevenção e descoberta precoce, quando não há sintomas. Assim há uma probabilidade imensa de impedir a evolução do quadro para um tumor”, explica.
Para isso, é preciso incluir a colonoscopia como um exame de rotina a partir dos 45 anos. Considerado um divisor de águas no prognóstico dos cânceres intestinais, o exame permite a identificação de estruturas ainda como pólipos e deve ser realizado a cada cinco anos.
“Quando já existe a identificação de sintomas, provavelmente já temos um tumor maligno. Daí a importância de realizar a colonoscopia a partir dos 45 anos mesmo sem qualquer sinal de problemas, pois assim, de fato conseguimos prevenir o câncer, retirando as estruturas benignas e evitando a sua evolução ao longo do tempo”, afirma Maristela Almeida.
O diagnóstico precoce também é essencial para que se ampliem as chances de cura da doença. “Sempre que o paciente observar mudanças no hábito intestinal, sangramento anal e emagrecimento sem causa definida é importante buscar ajuda médica para uma avaliação”, conta.
Dor abdominal que dure entre 15 e 30 dias, com característica intermitente ou que surja de uma cólica sem causa definida também deve ser motivo para ligar o alerta e provocar uma visita ao médico. “Quando a dor surge, o tumor já está maior e obstrui o intestino, impedindo a passagem das fezes. Ou seja, esse sinal não deve ser ignorado”, finaliza.