Mesmo com as aulas remotas, tema deve ser tratado nas escolas; neste ano, filme que concorre ao Oscar aborda o assunto
Em 2016, foi instituído 7 de abril como o Dia Nacional de Combate ao bullying e à violência na escola. O bullying é caracterizado como uma forma de violência, uma ação contínua e sistemática de depreciação, que causa uma série de prejuízos emocionais e psicológicos em quem é vítima. Basicamente, pode ser traduzido como uma ação, ato, palavra ou qualquer manifestação que faz o outro se sentir humilhado. Essa conduta pode resultar em segregações e discriminações motivados por determinadas características, comportamentos e condições.
O tema é tão importante de ser discutido que, este ano, um filme chinês que trata do tema está concorrendo ao Oscar, na categoria de Melhor Filme Internacional. Em “Better Days”, uma menina chinesa que se prepara para o Gaokao (exame para ingressar no ensino superior), torna-se alvo de bullying. A obra, dirigida por Derek Kwok-Cheung Tsang foi lançada em 2019.
De acordo com o diretor geral do Colégio Marista Arquidiocesano, localizado em São Paulo (SP), Carlos Dorlass, é necessário que pais e professores exerçam uma escuta atenta e sincera, com espaços de diálogo para oferecer a oportunidade de os filhos contarem sobre as experiências com os colegas.
“Uma escuta sem julgamentos irá ajudar crianças e jovens a se abrirem. Com isso, podem sentir-se mais seguros para lidar com as situações que estão provocando esse incomodo”, esclarece o professor.
O Arquidiocesano promove ações de combate ao bullying há alguns anos. De forma especial, o Projeto Interioridade, cujas aulas são ministradas uma vez na semana, promove a reflexão e traz à tona o relacionamento interpessoal e intrapessoal, baseando-se no respeito, na empatia e no que dá sentido à vida. Na medida em que os alunos buscam conhecer a si, aprendem também a respeitar o outro nas suas diferentes dimensões, entendendo que a prática do bullying fere o direito de existir da outra pessoa.
“Compreendemos que a escola não deve ser passiva. A ação de enfrentamento ou acolhimento deve ser sempre preventiva, reforça Dorlass.