A escoliose é uma deformidade tridimensional da coluna vertebral, caracterizada por uma curvatura lateral anormal. Essa condição pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum durante o período de crescimento rápido, como a adolescência. As causas da escoliose podem variar, sendo as principais classificadas como idiopáticas, congênitas ou neuromusculares.
No caso da escoliose idiopática, que representa a maioria dos casos, a origem exata ainda é desconhecida. No entanto, estudos sugerem que fatores genéticos e ambientais podem desempenhar um papel importante. Bernardo Sampaio, fisioterapeuta, diretor clínico do ITC Vertebral e do Instituto Trata, unidades de Guarulhos ressalta que, embora a causa exata seja incerta, é fundamental estar atento aos sinais precoces, “Ao menor sinal de assimetria das costas, ombros desiguais ou cintura assimétrica, buscar avaliação médica adequada é fundamental.”
Quanto aos tratamentos disponíveis, o fisioterapeuta destaca que eles variam dependendo da gravidade da curvatura da coluna e da idade do paciente. “Em casos leves, a fisioterapia pode ser recomendada para fortalecer os músculos ao redor da coluna vertebral, melhorar a postura e aliviar a dor. No entanto, é essencial que o tratamento seja realizado por um fisioterapeuta especializado em escoliose.”
Para curvaturas mais graves ou que continuam a progredir, o uso de coletes ortopédicos pode ser prescrito. Esses dispositivos são projetados para estabilizar a coluna vertebral e impedir o avanço da curvatura. O uso do colete é geralmente indicado durante o período de crescimento, quando a progressão da curvatura é provável.
Em casos extremos, quando a escoliose atinge um grau muito alto ou causa complicações significativas, a intervenção cirúrgica pode ser considerada. A cirurgia de escoliose envolve a correção da curvatura da coluna vertebral por meio da colocação de implantes e fusão óssea.
Por fim, Bernardo Sampaio enfatiza que a abordagem multidisciplinar é essencial no tratamento da escoliose, envolvendo médicos, fisioterapeutas, ortopedistas e outros profissionais de saúde. Além disso, a conscientização e o diagnóstico precoce são cruciais para garantir um tratamento adequado e minimizar possíveis complicações no futuro.