Dr. Rafael Prado, médico cardiologista do Centro de Hemodinâmica do Hospital Albert Sabin de SP, fala sobre esse revolucionário procedimento cardíaco.
O implante de válvula aórtica transcateter (TAVI) é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo, onde é realizado o tratamento da válvula aórtica, quando danificada, sem necessidade de remoção da válvula nativa. Semelhante ao stent, que é utilizado no tratamento das artérias coronárias, a abordagem envolve o implante, através de um cateter, da prótese valvar no local onde encontra-se a válvula doente.
O procedimento é indicado para pacientes portadores de estenose aórtica. “O diagnóstico do acometimento valvar e a opção pelo procedimento percutâneo devem partir de uma avaliação minuciosa pela equipe de cardiologia intervencionista/ hemodinâmica que irá avaliar a viabilidade do procedimento de TAVI para cada paciente.
“Inicialmente, era reservado para os pacientes de alto risco, que não podiam passar pela cirurgia cardíaca convencional, especialmente aqueles com idade avançada e com outras comorbidades associadas. No entanto, os bons resultados e novos estudos publicados recentemente fizeram com que a técnica fosse expandida também para pacientes com risco intermediário e baixo”, explica o Dr. Rafael Prado, médico cardiologista do Centro de Hemodinâmica do Hospital Albert Sabin de SP (HAS).
Como toda intervenção cirúrgica, o procedimento também apresenta riscos ao paciente, porém, por se tratar de uma cirurgia minimamente invasiva, bem menores quando comparados aos da cirurgia convencional.
A preparação para o procedimento TAVI envolve a realização de alguns exames complementares, necessários tanto para avaliar a viabilidade da realização da TAVI, como para o planejamento adequado da estratégia de intervenção médica. Desde a escolha do tamanho apropriado da prótese, até a definição da via de acesso ideal para cada paciente. Dentre esses exames estão o cateterismo, exames laboratoriais específicos, angiotomografia em protocolo específico para a realização do procedimento, entre outros.
Outra vantagem em relação ao método convencional – que requer uma cirurgia de coração aberto, através de uma esternotomia, na qual o tórax é cirurgicamente aberto para a realização do procedimento – é o tempo de internação hospitalar muito menor. Dessa forma, o paciente é menos exposto aos riscos de complicações hospitalares.
“Normalmente, após a realização do procedimento, o paciente fica cerca de 48 horas em leito de UTI para monitoramento e, em seguida, vai para o quarto onde poderá repousar e preparar-se para a alta em três ou cinco dias, conforme a sua recuperação”, esclarece o cardiologista.
Na volta para casa, o indivíduo deve continuar o acompanhamento com médico cardiologista e seguir todas as orientações prescritas. Menos de 10% das pessoas que realizam o procedimento de TAVI apresentam algum tipo de intercorrência e, quando ocorrem, costumam ser leves.
O Hospital Albert Sabin de SP conta com uma equipe de cardiologia Intervencionista experiente e amplamente treinada para a realização da TAVI, em um Centro de Hemodinâmica moderno e com toda estrutura necessária para realização desse e de outros tratamentos com segurança e eficiência. “Além de uma ampla equipe multidisciplinar, que conta também com anestesistas, fisioterapeutas e enfermeiros que juntos participam do preparo e de todo acompanhamento necessário para a segurança e conforto dos pacientes”, finaliza o Dr. Prado.