João Pessoa uma das cidades mais verdes do Brasil

Centro Histórico Crédito: Cacio Murilo

Conhecer João Pessoa, capital da Paraíba, em qualquer época do ano é certamente um encontro com o sol, a alegria e a beleza do terceiro centro urbano mais antigo do Brasil. A cidade foi fundada em 5 de agosto de 1585. É também a comunhão com o ar bucólico e a tranquilidade de uma das cidades mais verdes do Brasil. João Pessoa nasceu há muito tempo, mas vem preservando como poucas cidades o seu patrimônio histórico, que é considerado por especialistas no assunto, um dos mais ricos do país. Na parte velha, também conhecida como cidade baixa, há uma grande quantidade de monumentos, prédios e igrejas que recontam a história de uma Paraíba guerreira.

Dentre muitos monumentos barrocos, um merece destaque pelo incalculável valor artístico e importância histórica, testemunho de um passado glorioso. Trata-se do Conjunto Franciscano, formado pela igreja de São Francisco e Convento de Santo Antonio, que começou a ser construído em 1589, quatro anos depois da fundação da cidade. Atualmente o conjunto funciona como Centro Cultural e abriga exposições de todos os tipos.

Centro Histórico  Crédito: Cacio Murilo

João Pessoa soube preservar seu patrimônio e ainda manter viva e intocável a riqueza natural, sem dúvida o principal atrativo da capital paraibana. A cidade conta ainda com uma reserva florestal; a Mata do Buraquinho (Jardim Botânico), a Mata do Amém e o Parque Arruda Câmara, mas conhecido como Bica, que abriga o jardim zoológico.

Se não bastasse o verde que confere à população uma excelente qualidade de vida, João Pessoa possui praias belíssimas e limpas o ano inteiro. São aproximadamente 30 quilômetros de um mar despoluído com águas claras e tépidas constantemente, e uma orla que tem como principais componentes os vastos coqueirais e as imensas falésias.

Jardim Botânico

O Jardim Botânico de João Pessoa é uma excelente oportunidade de as pessoas estarem em contato com a natureza pura e cristalina. O jardim está localizado a 7º6’S e 34º52’W, a uma altitude média de 45m, na formação geológica do Baixo Planalto Costeiro, sendo um legítimo representante das florestas costeiras nordestino brasileiras. Regulamentado pelo Decreto Estadual nº 21.264 de 28 de agosto de 2000 possui uma área de aproximadamente 515 ha, mantida pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) para atividades que envolvam preservação, pesquisa científica, educação ambiental e laser contemplativo.

Dentre estas, a educação ambiental constitui elemento relevante, permitindo interessantes abordagens, desde o conhecimento e interesse pelas plantas até um estímulo a curiosidade e ao conhecimento deste importante espaço para visitação e pesquisa. Existem 18 estações distribuídas ao longo das trilhas do Rio e da Preguiça utilizando-se como critério, elementos principalmente relacionados com a história, botânica e ecologia, contribuindo para o entendimento do ambiente e da necessidade de sua preservação.

Jardim Botânico Crédito: Cacio Murilo

Mercado de artesanato

Com 128 lojas e duas lanchonetes, além de um amplo estacionamento, o MAP – Mercado de Artesanato da Paraíba – com seus 6100 metros quadrados de área, possui uma grande infraestrutura para atender ao turista mais exigente que visite o local. O prédio em estilo colonial, dividido em dois pavimentos, já impressiona quem chega, pela exuberância e beleza arrojada de sua arquitetura que são percebidas ao longo de grandes arcos que cercam todo o mercado.

Segundo os artesãos do local e dono das lojas, na opinião dos turistas o MAP é considerado um dos mais belos e organizados centros de artesanato do Brasil, o mercado é na verdade uma pequena mostra do que se produz de mais original do artesanato e da cultura paraibana. O turista que visita o mercado vai encontrar em suas 128 lojas redes, mantas, cerâmica, trabalhos em madeira, crochê, arte em fuxicos, joias artesanais, esculturas e artes plásticas em geral, entre tantos outros artigos.

Outro detalhe que não passa despercebido pelo visitante é a imensa variedade de guloseimas da culinária paraibana a exemplo de doces caseiros, cocadas, bolos, tapioca… etc. O Mercado de Artesanato Paraibano é um daqueles locais indispensáveis no roteiro do turista que visita João Pessoa, não só pela sua imponência arquitetônica, mas pela riqueza cultural ali presente.

Ponta dos Seixas

João Pessoa tem inúmeros pontos turístico a serem visitados

Alvorecer incomparável

Estar em João Pessoa é desfrutar privilégios da natureza e da história. A cidade onde o sol nasce primeiro nas Américas e a terceira mais antiga do Brasil. Em que outro lugar do continente você verá um alvorecer como o daqui? Fora Paris, em que outra parte urbana do planeta existirá tanta cobertura vegetal em metros quadrados por habitantes? E depois de Salvador e do Rio de Janeiro, que outra capital brasileira foi fundada já como cidade antes de 1585.

Casa da Pólvora

João Pessoa possuiu pelo menos três Casas da Pólvora, segundo indicam nossos mais destacados historiadores: uma na rua Nova, atual General Osório nº 21, outra no Passeio Geral, rua Rodrigues Chaves, e outra que é justamente a Casa da Pólvora da ladeira de São Francisco, a primeira rua da cidade. As demais foram completamente destruídas pela ação do tempo, restando-nos esta Casa da Pólvora e dos Armamentos, construída por ordem de Carta Régia de 10 de agosto de 1704, pelo então Capitão-Mor Fernando de Barros Vasconcelos. Iniciada no alvorecer da era setecentista, foi concluída em 1710 na administração do Capitão-Mor João da Maia da Gama. De suas dependências pode-se observar a bela paisagem do rio e da várzea paraibana. É tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) desde 24 de maio de 1938. Localização: Ladeira de São Francisco, s/n, Centro. João Pessoa – PB

Casa da Pólvora

Centro Cultural São Francisco

Conjunto arquitetônico barroco do século XVII, formado pela Igreja de São Francisco e o Convento de Santo Antônio. Um dos mais ricos e conservados monumentos da arte barroca brasileira.

Igreja Nossa Senhora do Carmo

Em barroco romano, a igreja possui uma única torre, com as características do estilo quinhentista, datada do século XVI, aproximadamente 1592. Muitos detalhes históricos sobre este conjunto se perderam, já que, com a invasão holandesa, houve perseguição aos Carmelitas, que enterraram seus documentos. A nave é ampla e majestosa com motivos florais, esculpidos em calcário. Vê-se ainda o escudo da Ordem do Monte Carmelo e um grande painel no Altar-Mor com as iniciais de N. Srª do Carmo. O exterior apresenta linhas austeras, desenhos e arabescos barrocos. Os Carmelitas vieram a Paraíba a pedido de D. Henriques, cerca de 1580, e construíram também a igreja anexa de Santa Tereza de Jesus. Localização: Praça Dom Adauto, s/n, Centro – João Pessoa – PB.

Parque Solon de Lucena

É um dos recantos mais bonitos da capital, se não a mais bela expressão paisagística. Antigo sítio pertencente ao domínio dos jesuítas, o local contava, em tempos recuados, com um verdadeiro bosque, mostrando a pujança da Mata Atlântica. As árvores circundavam a lagoa natural ali existente, lagoa esta depois incluída na urbanização geral do parque. Os jardins de hoje têm o traçado original do paisagista Burle Marx, podendo-se ver ainda o bambuzal e exemplares de pau-d arco e de outras árvores da reserva da Mata Atlântica, além das belas palmeiras imperiais que acompanham o desenho do lago central. Mantendo suas características originais, a lagoa do Parque Solon de Lucena é um dos belos cartões de visita da cidade e um de seus pontos mais pitorescos para passeio, diversão e lazer. É tombado pelo IPHAEP (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba) desde 26 de agosto de 1980. Localização: Centro. João Pessoa – PB.

Parque Arruda Câmara

Mais conhecido como “Bica”, compreende uma área de 43 hectares que foi desapropriada pelo então prefeito Walfredo Guedes Pereira, em 1920-24, e batizada com o nome do botânico da cidade de Pombal. Recanto dos mais pitorescos da nossa cidade, constitui-se num verdadeiro Santuário Ecológico encravado no centro da capital paraibana. É tombado pelo IPHAEP (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba) desde 26 de agosto de 1980. Localização: Rua Gouveia Nóbrega, s/n, Roger – João Pessoa / PB.

Cidade Baixa

Porto do Capim, porto da saudade, porta para o mundo. Ao redor, foram-se assentadas as casas, a cidade galgando as encostas procurando o espaço, espremendo-se entre as tortuosas ladeiras que a própria topografia do lugar sugeria. A cidade descobria-se em novas cores. O verde fundia-se ao marrom dos telhados. As torres irrompiam do casario para apontar o sol. Hoje, somente o rio, em seu eterno caminhar, vela o passado.

Basílica de Nª Sª das Neves 

 A primeira igreja, neste local, foi construída ainda nos idos de 1586. Ao todo, foram três demolições sucessivas de templos, sendo a atual igreja idêntica à quarta reconstrução, realizada pelo Vigário Francisco Melo Cavalcanti. Tem muito valor para os fiéis da igreja paroquial, construída entre 1671-73 e demolida em 1686, passando à igreja episcopal. Foi benta na última década do século XIX. Suas torres e telhados podem ser vistos, numa bela composição, através da torre do sino da Igreja de São Francisco, que fica bem próxima. Praça Dom Ulrico, s/n, Centro. João Pessoa

Basílica de Nª Sª das Neves

Igreja de São Bento

Igreja e Mosteiro de São Bento, construção dos frades beneditinos, o único templo católico que harmoniza as missas com cânticos gregorianos.

Praça Venâncio Neiva

Foi construída pelo Presidente Camilo de Holanda em 1917, bem ao lado do atual Palácio da Redenção, e sendo arquitetada por Paschoal Fiorillo. Destinava-se à prática da patinação e contava também com jardins, fontes e coretos. O presidente João Pessoa demoliu depois o ringue de patinação, mandando erguer o pavilhão central, para o chá das cinco, no estilo britânico. A partir daí, passou a chamar-se Pavilhão do Chá, embora a praça, uma das mais pitorescas da capital, tenha o nome oficial de Venâncio Neiva, outro governante paraibano. Ganhou também um belo coreto. Constitui-se ainda em ponto de reunião de intelectuais e jovens namorados. Seus canteiros de plantas datam também de 1917, mas, de lá para cá, a praça sofreu algumas modificações importantes. É tombado pelo IPHAEP (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba) desde 26 de agosto de 1980. Localização: Centro.