A temporada de festas juninas segue em pleno vapor pelo Brasil. A celebração, uma das mais aguardadas pelo público é conhecida pelas quadrilhas e pelas típicas iguarias brasileiras. Mas, você sabia que para os pets a festa pode ser desafiadora?
Isso acontece, pois, a celebração também é marcada pelos sons de fogos, rojões, biribinhas e demais efeitos sonoros que podem incomodar os cães.
“A audição do cão é mais aguçada que a nossa. Por isso, o estrondo dos artefatos é extremamente incômodo para o pet”, explica a Médica-veterinária e Gerente de Produto da Unidade de Animais de Companhia da Ceva Saúde Animal, Marina Tiba.
Ao ouvir o barulho o animal apresenta mudanças comportamentais que indicam medo e ansiedade. As manifestações caninas de medo de barulho vão desde esconder-se, tremer e salivar, manter-se grudado no tutor, respiração ofegante, latidos e choramingos, até sinais extremos como automutilação e tentativas arriscadas de escapar de casa. “Dependendo da região onde o animal mora, os sons podem ser frequentes e ficarem ainda mais próximos dos animais e isso pode trazer riscos para o bem-estar e para segurança do pet. Quando os artefatos explodem muito próximos ao cão, pode acontecer inclusive danos na audição dele. Em casos mais extremos, a fobia pode levar o animal a óbito”, conta a profissional.
Algumas medidas, como deixar o animal em um ambiente seguro, com um som conhecido e oferecer brinquedos e petiscos, podem ajudar a minimizar o desconforto do pet, pois podem ajudar a desviar a atenção do animal do barulho.
“Caso o tutor perceba que haverá uma queima de fogos próxima da residência, o ideal é levar o pet para um ambiente mais tranquilo onde o som possa ser abafado o máximo possível. Outro ponto de atenção é respeitar o comportamento do cão. Alguns animais podem se esconder embaixo das camas, por exemplo. Caso isso ocorra o tutor não deve tentar retirá-lo, pois isso aumenta o estresse e medo. É importante esperar e respeitar o tempo do pet e oferecer um ambiente com brinquedos e alimentos positivos para ele”, explica Marina.
Os animais interpretam os barulhos dos fogos como uma ameaça, algo fora da rotina e isso desperta o pânico. É comum que os cães se escondam, e em casos graves a fobia pode até mesmo provocar a fuga ou acidentes domésticos. A presença do tutor nesses momentos pode inclusive ser uma ferramenta para tranquilizar o pet. Caso não seja possível, é indicado que o animal fique em um ambiente restrito e seguro onde seja possível abafar o som.
Para auxiliar nessas situações, os tutores também podem apostar no uso do análogo sintético do odor materno canino o Adaptil. O uso do produto é altamente recomendado para o tratamento do medo de barulhos pois criará um senso de familiaridade e segurança no ambiente e auxiliará na amenização dos medos do cão. O produto é recomendado por médicos veterinários e especialistas em comportamento animal.