* Por Beatriz Breves
“Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois, o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas”. Jesus Cristo (Matheus 19:14)
Inspirada nessas palavras, sem pretensões históricas ou religiosas, apenas me deixando levar pela inspiração, quem sabe a tradição do coelho botando ovos de chocolate tenha se mantido firme, ao longo dos anos, justamente porque, ao se espelhar em uma criança, reforça a busca coletiva por um ser humano de coração mais depurado.
Fato é que uma criança, por sua pureza de alma, expressa cristalinamente o que sente. Em sua ingenuidade não mede esforços na capacidade de sonhar, por exemplo, no dia de Páscoa ser capaz de ficar esperando a hora de procurar os ovos de chocolate escondidos pelo coelhinho.
Venhamos e convenhamos ser uma experiência de grande bem-estar se pôr a procurar dos doces escondidos pelo coelho ou mesmo estar diante do sorriso de uma criança quando o encontra. Sem dúvida, algo que se torna reflexo de doçura, felicidade e a mais pura ingenuidade.
Fato é que a Páscoa Cristã é falar de sentimentos em seus distintos grupos, desde aqueles sentidos como não prazerosos sofrimento, crucificação, morte… até os que são sentidos como prazerosos ressurreição, bem-estar, vida e esperança.
Vida que no domingo de Páscoa é celebrada na vibração das crianças, a quem aos céus pertence. Vibração ressoada na união em família, na fala em ressurreição e que, através da inspiração da prosperidade, agrega os sentimentos de liberdade, redenção e fé ao tocar os corações com gratidão, esperança e perdão.
Páscoa, quando a liberdade nos proporciona o livre arbítrio, a redenção nos habilita a melhorar como pessoa e a fé nos fortalece pela inabalável confiança. E seria assim que esses três sentimentos tocam os nossos corações com a gratidão por nossa existência, com o perdão necessário para a convivência na terra e com a esperança da predominância do amor altruísta entre nós, seres humanos.
Beatriz Breves é psicóloga, psicanalista, física e psicoterapeuta.