A Austrália começou como uma colônia penal da Inglaterra, em 1788, que deportava para o continente-ilha todos seus malfeitores. Abandonados, eles tiveram que iniciar vida nova no lugar, dividindo-o com o povo aborígene, que o habita há 40 mil anos. O país abrange uma área total de 7,69 milhões de quilômetros quadrados, o continente australiano é a maior ilha do mundo, mas o menor continente. É uma monarquia constitucional, com a Rainha Elizabeth II do Reino Unido como chefe de estado, e ela nomeia o Governador Geral da Austrália como seu representante a partir da indicação do Governo Australiano eleito.
Por ter uma extensão territorial vasta e diversificada, sugerir um roteiro não é tarefa fácil. Há muitas possibilidades, por conta de seu tamanho. Caso pergunte a um australiano se a Austrália é uma ilha ou um continente, ele talvez não saiba responder. Cercada de água por todos os lados, é grande demais para ser uma ilha; apenas um pouco menor do que o Brasil. A população australiana é escassa em proporção ao tamanho do país. É um estranho país a Austrália, com quase toda a população e as cidades concentradas no litoral, como se dessem as costas àquilo que chamam de “Outback”, o sertão, imenso vazio ocupado por aborígenes, cangurus e dingos, os cães selvagens. A Austrália tem um lado cosmopolita com edifícios modernos, praias subtropicais no estilo de Miami e surfistas. Ao mesmo tempo, tem vários aspectos que se parecem mais com o estilo de vida inglês: os pubs, a vida cultural e um certo tradicionalismo.
Diante da magnitude da Austrália o melhor é começar o tour pela capital Canberra. Embora não seja exatamente uma cidade “turística” é bastante graciosa e agradável. É uma cidade planejada, erguida em volta de um lago artificial e oferece ainda longas ciclovias, trilhas de mountain bike e de caminhadas. Uma de suas curiosidades é o Embassy Row, onde ficam as embaixadas estrangeiras, muitas no estilo arquitetônico típico de cada país. À noite, os sofisticados restaurantes ganham vida com uma cena vibrante de entretenimento. Ao sul de Canberra estendem-se os Alpes Australianos, onde costuma nevar e há estações de esportes de inverno. Nessa região existe também um belo parque de montanhas, o Kosciusko National Park.
Já Sydney, ao sudeste do país é a maior cidade e, para muitos, a mais interessante do país, com vida noturna e cultural agitassímas, boas praias, gastronomia de qualidade e os vinhos, a natureza, compras e belas paisagens de montanha em seus arredores. A vida em Sydney se concentra no porto. Pegue uma balsa na Circular Quay para observar a Sydney Opera House, que se tornou símbolo da cidade, e a Sydney Harbour Bridge, com suas ilhas, um farol, zoológico, muitas praias animadas (uma delas de nudismo), construções de interesse histórico, jardins, restaurantes. O Darling Harbour é uma das regiões favoritas para lazer e entretenimento em família. No centro da cidade, o edifício Queen Victoria e o The Strand estão repletos de lojas de roupas de grife. Em Newtown, você encontra moda “vintage” e butiques peculiares, enquanto Mosman e Double Bay têm as lojas e os cafés mais sofisticados. Relaxe em espaços tranquilos como o Centennial Parklands, o Hyde Park ou os Royal Botanic Gardens. Na proximidades de Sydney fica o Blue Mountains, onde as paisagens de montanhas assumem tons azulados nos vales profundos formados em decorrência de antigas erupções vulcânicas.
Outro ícone australiano é a cidade de Melbourne que fica dentro de uma baía, no litoral do Estado de Vitória, mais séria, elegante e fria do que Sydney. É bem planejada, com ruas planas e largas. Famosa por suas compras, no quebra-cabeça dos pequenos becos, atrás das ruas principais, você encontrará butiques únicas, galerias e pequenos cafés, bares e restaurantes. Um pouco mais adiante, Victoria Street, Richmond; Johnston Street, Fitzroy e Chapel Street e Prahran oferecem ótimas compras e restaurantes mais casuais. Pegue um bonde até St Kilda, caminhe ao longo do Rio Yarra ou passeie pelos diversos parques e jardins que cercam o centro da cidade. Aproveite as praias que se distribuem ao longo da Baía de Port Phillip. Vá em direção ao oeste para encontrar as minas de ouro históricas de Bendigo e Ballarat. Já Queensland está entre as atrações turísticas da Austrália na região nordeste do país, com clima subtropical e belas praias procuradas por banhistas, mergulhadores e surfistas. A capital é a cidade de Brisbane. Lá está o Lone Koala Pine Sanctuary, que, apesar do nome, não tem apenas coalas, mas diversos outros animais nativos, principalmente cangurus (mais domesticados). Ao sul da de Brisbane há bela região de praias, a Gold Coast, um dos lugares preferidos dos surfistas, onde fica o balneário Surfers Paradise.
No Sul, também junto do mar, fica Adelaide, talvez a tranqüila das grandes cidades australianas, onde o mais importante museu aborígene do país, reunindo todo tipo de objeto dessa cultura. A apenas uma hora de Adelaide, há passeios em barcos movidos a roda, como no Mississipi. É de Adelaide que partem os ferries para a Kangaroo Island, lugar perfeito para quem quer conhecer de perto a fauna local. Na costa sul, existem colônias de leões-marinhos e, no Flinders Chase National Park, é possível chegar bem perto de cangurus e coalas e até alimentá-los. Destaque-se que é a mais importante região vinícola do país. Outra cidade que deve-se conhecer é a Tasmânia. É a terra do mal-humorado “diabo da Tasmânia”, animal popularizado nos desenhos animados. É um dos principais redutos para os que escalam montanhas e rochas. O Parque Nacional Freycinet, na costa leste da ilha, tem magníficas paisagens. Pequena e verde, de paisagens diversificadas, com lagos, montanhas, florestas. Grandes áreas são reservadas para parques nacionais, destinados à preservação da vida selvagem. Nas proximidades de Cairns, quem deseja conhecer um pouco da cultura aborígene pode visitar a aldeia de Kuranda e ao norte do país, a 220 km a leste de Darwin, está o Kakadu National Park, reserva de vida selvagem bastante interessante.
Algumas dicas importantes a serem observadas são: Muito cuidado ao entrar na água em certos lugares da costa australiana ou em lagunas e rios. Informe-se nos escritórios de turismo antes de se aventurar. Há animais perigosos, águas-marinhas e peixes extremamente venenosos, crocodilos de água salgada, tubarões de água doce e outros Se for percorrer o deserto, pense em levar galões sobressalentes de água e eventualmente de gasolina, pois há dificuldades de abastecimento.Os australianos costumam chamar bares comuns de “hotéis”. Se for pedir uma informação, especifique o que você quer para não ir parar num pub com suas malas. Come-se bem e há todo tipo de restaurante, desde fast-foods até lugares bem sofisticados. Os menus oferecem peixes, frutos do mar e diversos tipos de carnes, inclusive exóticas como de canguru e de crocodilo. Os aborígenes são um povo antigo com uma cultura muito particular e não gostam de ser fotografados.Saiba que, para os aborígenes, Ayers Rock é um lugar sagrado. Um comportamento respeitoso é recomendado.